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25/02/2013

Construtores de sambaquis



Sambaqui: do tupi tamba'kï; literalmente "monte de conchas"

Sambaquis é o nome que foi dado a sítios pré-históricos formados pela acumulação de conchas e moluscos, ossos humanos e de animais, que foram descobertos em várias regiões do Brasil, mas principalmente no Sul.
Os sambaquis nos provam a existência de comunidades de caçadores e coletores, os quais, consumiam os moluscos, para depois amontoar suas cascas para morar sobre elas, já que constituíam um lugar alto e seco.
No interior dos sambaquis foram encontrados vestígios de fogueiras, instrumentos cortantes, amoladores, restos de mamíferos, além de ossos de peixes, répteis e baleias.
Sabe-se, portanto, que este povo, que viveu há mais de 1.500 anos atrás, já produzia machados de pedra polida, ornamentos de conchas, instrumentos feitos de ossos de animais e zoólitos ou pequenas peças esculpidas em pedra representando animais.
Foram ainda encontradas ossadas humanas, depositadas com seus pertences, o que nos leva a acreditar que os sambaquis também eram usados como Monumentos Funerários.
Ocupação após ocupação, passaram-se milênios, o que fez com que os amontoados de moluscos alcançassem alturas fantásticas. O Estado de Santa Catarina possui os maiores sambaquis do mundo, espalhados pelo seu litoral, de norte a sul. Esses sambaquis chegaram a ter centenas de metros de extensão por 25 metros de altura e idade aproximada de 5.000 anos.
O povo dos sambaquis ignorava a olaria, a agricultura, a domesticação normal de qualquer espécie, mesmo o cão, que os índios atuais conhecem. Vivia principalmente da pesca e da apanha, e muito pouco da caça. Não possuía instrumentos mais potentes de arremesso, talvez nem mesmo o arco e a flecha, e a caça de animais grandes, como o tapir, a onça, certamente era feita por meio de armadilha.
Como o alimento era muito abundante no litoral, esse povo não precisava ficar se deslocando como os do interior. Só deveria ter o cuidado de escolher lugares elevados, próximos da praia, onde tivesse também alguma fonte de água doce e daí estabelecia-se por anos, ou até séculos.

Como eram eles ?

Uma das características físicas mais marcantes deste povo está nas diferentes alturas dos esqueletos de homens, com uma média de 1,60m, e de mulheres, com 1,50m, ambos vivendo 30 a 35 anos em média.
O tórax e os membros superiores bem desenvolvidos levam a crer que os indivíduos eram bons nadadores e provavelmente remadores de canoas. Tal suposição é apoiada também pela presença de restos de peixes de espécies como a garoupa e miragaia, típicas de regiões mais profundas e com pedras que, para serem capturadas, exigiriam que o pescador se deslocasse da beira da praia.
Outra característica importante é o desgaste de algumas regiões da arcada dentária, que apontam o costume de consumir alimentos duros e abrasivos.
Apesar do número de sambaquis existentes no Brasil não ser consenso entre os arqueólogos, é possível que possam passar de mil, com idades que variam de 1,5 mil a 8 mil anos, tendo a maioria cerca de 4 mil anos.
No Brasil, o estudo científico dos sambaquis é relativamente recente e mesmo em toda a América do Sul poucas são as análises seriamente estudadas. Além disso, muitos sítios arqueológicos já foram danificados.
Muitos sambaquis foram destruídos pela exploração inconseqüente das pessoas. A cultura sambaqui desapareceu misteriosamente há quase 1000 anos. Acredita-se que o povo tenha sido exterminado ou se aculturado aos tupis.
Os sambaquis constituem o alicerce básico para entendermos a cultura de um longínquo período da evolução do homem, por isso é tão importante a sua preservação.



 Sambaquis em Cubatão:
 Localização dos sambaquis: Cosipa nºs 1 a 5 (na Ilha Santa Helena ou Ilha do Casqueirinho, no Largo do Caneú, perto do rodapé do mapa) e o nº 6 (Piaçagüera), perto do Morro da Tapera.  A seta aponta o Norte Magnético e a escala indica 0>>1 km.  São mostrados os terrenos em rocha cristalina, de mangue, e os formados por aluvião/coluvião. Também é indicada a localização de ferrovia, rodovia e da antiga estação ferroviária de Piaçaguera (no alto da imagem, entre o rio Mogi e a área industrial da Cosipa)
 
Vamos acompanhar um documentário para refletir um pouco mais :

Sambaquis - Vale do Ribeira





21/02/2013

Cannon Fodder



Em uma cidade murada, perpetuamente em guerra,o modo de vida de cada um depende da manutenção e disparo de canhões enormes que compõem a maior parte da cidade. Quase todos os edifícios na cidade são equipados com um canhão de tamanho variável, capaz de disparar projéteis de artilharia enormes ao longo dos muros da cidade. A história é centrada em um jovem garoto e seu pai, que trabalha como um humilde carregador de canhão.

A cidade é cercada por nuvens de fumaça e poeira provocada pelos tiros disparados pelos canhões. Apesar de notícias do bombardeio de sucesso contra a "cidade inimigo" pelos meios de comunicação locais, não há qualquer confirmação visual de que é verdade, ou mesmo se há mesmo inimigo.

No final, o menino chega da escola e ouve um repórter de televisão falando sobre a quase destruição da cidade inimiga. O rapaz pula em sua cama, dizendo que um dia ele quer ser o oficial  que dispara os canhões, e não ser um simples trabalhador como seu pai. Enquanto ele dorme, uma luz azul varre a janela. É do inimigo ou da cidade?


20/02/2013

Pré-história - A conquista da natureza



Segue abaixo documentário para auxiliar nas discussões a respeito da pré-história.

Antes de dominarmos a Terra: caçar ou ser caçado


 

Antes de dominarmos a Terra: dominando as feras