Chamamos de escrita cuneiforme, – do latim cuneus, que significa cunha – um sistema de escrita que foi criado na Babilônia em torno do 4° milênio a.C. e que consistia na gravação de caracteres com a utilização de uma haste de ponta quadrada em tabletes de argila úmida. Estas, posteriormente, eram cozidas ao forno e resultavam em incisões em forma de cunha, motivo pelo qual a escrita recebeu esse nome. Caso a informação não fosse tão importante, a argila não era cozida e então poderia ser reutilizada.
Com o passar do tempo, deixou de ser escrita em colunas e começou a ser escrita em linhas (escrita horizontal) e da esquerda para a direita. Essa forma de escrita esteve vigente até o começo da era atual.
Mas foi somente no século XX que documentos que esclareciam em partes a complexidade de entendimento da escrita foram encontrados. A tradução foi bastante complicada: os estudiosos tinham que dominar outras línguas como o hebreu e o árabe para que, dentro do vocabulário dessas dois idiomas, encontrassem alguma semelhança que permitisse a tradução.
Estudar essa escrita sem conhecer a cultura e a história das civilizações que a utilizavam era praticamente impossível, e quanto mais mistérios eram desvendados quanto à forma de escrita, mais se conhecia sobre a história desses povos.
Os primeiros objetivos dessa escrita eram os propósitos administrativos e contabilísticos, facilitando o registro de bens, marcas de propriedade, cálculos e transações comerciais, mas aos poucos, passaram a abranger também a expressão dos pensamentos do homem ao se tornarem mais populares.
A escrita era bastante complicada e composta por dois mil sinais cuneiformes originais, mas somente um valor em torno de 200 ou 300 eram usados constantemente. A forma de escrita era usada para exprimir as duas principais línguas da região: a suméria do sul e a acádica do norte.