Dentro da temática de discussão da Revolução Russa foi proposta uma reflexão sobre uma figura destacada dos movimentos sindicais brasileiros e oriundo da cidade de Osasco. Falecido no dia 02 de maio deste ano de 2013, José Ibrahim passa para a nossa História como um grande brasileiro que lutou pela redemocratização e uma condição mais humana nas relações de trabalho.
Alunos ao realizar uma pesquisa considere sempre que você esta em uma aventura pelo conhecimento. Você é detetive deste passado, portanto qualquer "pista" que você encontra é de vital importância e deve ser utilizada na tentativa de responder as questões propostas.
Veja exemplos abaixo de material a respeito da vida de José Ibrahim:
A volta de José Ibrahim ao Brasil após o exílio imposto pela ditadura civil militar:
Embora o documentário seja realizado em francês, vale o relato e as imagens em especial do final de como era a cidade de Osasco à época e a importância política do movimento sindical naquele momento.
Entrevista:
Breve relato sobre sua vida:
Líder sindical em Osasco durante o regime sindical.Ibrahim, então com 20 anos, estava à
frente desta entidade e foi uma das lideranças organizadoras da Greve
da Cobrasma (também conhecida como Greve de 1968), que entrou para a
história como a primeira afronta dos trabalhadores à ditadura militar.
Com a intervenção da ditadura militar sobre o Sindicato, foi deposto da presidência da entidade. “Se não houvesse Osasco de 1968, não haveria o ABC de 78. Sinalizamos um caminho que o movimento sindical tinha que brigar pela resistência contra a ditadura, pela democracia. Esse foi o grande legado. Tanto é que durante todo o período da resistência a grande referência era a greve de Osasco e acho que hoje, para muita gente dentro do movimento sindical, a greve de Osasco é o grande marco”, afirmou Ibrahin em entrevista ao Visão Trabalhista, jornal do Sindicato, em 2008, nas comemorações de 40 anos da greve.
Com a intervenção da ditadura militar sobre o Sindicato, foi deposto da presidência da entidade. “Se não houvesse Osasco de 1968, não haveria o ABC de 78. Sinalizamos um caminho que o movimento sindical tinha que brigar pela resistência contra a ditadura, pela democracia. Esse foi o grande legado. Tanto é que durante todo o período da resistência a grande referência era a greve de Osasco e acho que hoje, para muita gente dentro do movimento sindical, a greve de Osasco é o grande marco”, afirmou Ibrahin em entrevista ao Visão Trabalhista, jornal do Sindicato, em 2008, nas comemorações de 40 anos da greve.
No dia 16 de julho, Ibrahim e sua turma resolveram parar todas as
metalúrgicas de Osasco e, nesse dia, ocuparam as instalações da
Cobrasma, um das mais importantes fábricas de São Paulo. Depois dela,
paralisaram também as atividades de grandes metalúrgicas, como a Barreto
Keller, Braseixos, Granada, Lonaflex e Brown Boveri.
- Eu comecei a trabalhar na Cobrasma ainda menor, com 14 anos, em 1961, mas já entrei participando porque eu era politizado, era secundarista e já tinha um certo nível de conhecimento, de literatura marxista e de fazer política - disse Ibrahim ao blog de José Dirceu, em julho de 2008.
Preocupado com a crescente onda grevista no país, os militares resolveram intervir no sindicato dirigido por Ibrahim, ocuparam todas as fábricas, cercaram entradas e saídas da cidade e o Ministério do Trabalho decretou a ilegalidade do movimento. Por ordem do então governador de São Paulo, Abreu Sodré, os trabalhadores foram reprimidos e 60 líderes da greve foram levados para o Dops paulista, onde a tortura de presos era rotina. Toda a diretoria foi cassada e os grevistas, afastados. Ibrahim foi demitido sem receber qualquer direito trabalhista.
- Eu comecei a trabalhar na Cobrasma ainda menor, com 14 anos, em 1961, mas já entrei participando porque eu era politizado, era secundarista e já tinha um certo nível de conhecimento, de literatura marxista e de fazer política - disse Ibrahim ao blog de José Dirceu, em julho de 2008.
Preocupado com a crescente onda grevista no país, os militares resolveram intervir no sindicato dirigido por Ibrahim, ocuparam todas as fábricas, cercaram entradas e saídas da cidade e o Ministério do Trabalho decretou a ilegalidade do movimento. Por ordem do então governador de São Paulo, Abreu Sodré, os trabalhadores foram reprimidos e 60 líderes da greve foram levados para o Dops paulista, onde a tortura de presos era rotina. Toda a diretoria foi cassada e os grevistas, afastados. Ibrahim foi demitido sem receber qualquer direito trabalhista.
Começou aí sua vida na clandestinidade. Optou por entrar para a luta
armada, por meio da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Acabou preso
e foi barbaramente torturado. No dia 6 de setembro de 1969, Ibrahim era
um dos 15 presos políticos brasileiros que foram trocados pelo
embaixador Elbrick. Além de Ibrahim e José Dirceu, estavam no avião
Hércules 130 da FAB, rumo ao exílio no México, militantes de esquerda
como Vladimir Palmeira, Ricardo Zaratini, Flávio Tavares, Ivens
Marchetti, Ricardo Villas e Gregório Bezerra, entre outros. Antes de
embarcarem para o México, no Aeroporto do Galeão, fizeram a histórica
foto, que até hoje ilustra os principais livros da esquerda brasileira
sobre a história da luta contra a ditadura militar.
- Foi uma lista ecumênica - disse o jornalista Franklin Martins, um dos articuladores do sequestro do embaixador americano, algum tempo depois, ao se lembrar de como foi montada a lista com os nomes dos presos políticos brasileiros, pertencentes ao Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), da Ação Libertadora Nacional (ALN), da VPR de Ibrahim, da dissidência de Niterói do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que optaram pela luta armada contra os militares.
Exilado, Ibrahim morou dez anos no exterior, no Chile, Panamá, México e França. O sindicalista voltou ao Brasil em 1979, com a Lei da Anistia. Em 1980, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT), ao lado de Lula, mas em 1986 rompeu com o partido e se filiou ao Partido Verde (PV). Recentemente, participou da fundação da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Como dirigente sindical, vinha participando da Comissão Nacional da Verdade, com depoimentos sobre a ditadura militar.
- Foi uma lista ecumênica - disse o jornalista Franklin Martins, um dos articuladores do sequestro do embaixador americano, algum tempo depois, ao se lembrar de como foi montada a lista com os nomes dos presos políticos brasileiros, pertencentes ao Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), da Ação Libertadora Nacional (ALN), da VPR de Ibrahim, da dissidência de Niterói do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que optaram pela luta armada contra os militares.
Exilado, Ibrahim morou dez anos no exterior, no Chile, Panamá, México e França. O sindicalista voltou ao Brasil em 1979, com a Lei da Anistia. Em 1980, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT), ao lado de Lula, mas em 1986 rompeu com o partido e se filiou ao Partido Verde (PV). Recentemente, participou da fundação da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Como dirigente sindical, vinha participando da Comissão Nacional da Verdade, com depoimentos sobre a ditadura militar.
fonte:
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/morre-sindicalista-jose-ibrahim-66-anos/
http://saitica.blogspot.com.br/
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=212608&id_secao=8
Pesquisado em: 07/05/2013
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