Alexandre foi um importante rei da Macedônia, que viveu no século 4
a.C. Em apenas 33 anos de vida, Alexandre, o Grande - também conhecido
como Alexandre Magno ou Alexandre III -, formou um enorme império, que
ia do sudeste da Europa até a Índia. Por isso, ele é considerado o maior
líder militar da Antiguidade.Quando assumiu o trono da Macedônia, em
336 a.C., Alexandre tratou de manter e ampliar um poderoso exército
deixado por seu pai, rei Filipe II. Mas para isso precisou ir atrás das
riquezas de outros povos, principalmente dos persas, iniciando uma
vitoriosa campanha militar na qual contou com o apoio de algumas
cidades-estados da Grécia.
Por ter sido educado pelo filósofo grego Aristóteles dos 13 aos 16
anos, Alexandre tinha uma grande admiração pela cultura helênica. Era
preocupação de Alexandre difundir a cultura grega (helênica) por cada
lugar que passava. A união de todo o Mediterrâneo oriental sob o seu
comando propiciou a criação de uma cultura única em que traços gregos
foram misturados a traços regionais. Além disso, favoreceu o contato e o
comércio entre os povos e a difusão de conhecimentos. Um bom exemplo dessa difusão foi o uso de moedas, cunhadas pela
primeira vez pelos gregos no final do século 7 a.C., mas que só se
tornou uma prática comum após Alexandre levar a novidade para os
territórios conquistados. Ele também fundou mais de 70 novas cidades e,
graças às suas expedições militares e ao seu próprio interesse por
investigações científicas, o mundo antigo conseguiu diversos avanços em
áreas como geografia e história natural.
Táticas infalíveis
Armas, cavalaria e infantaria explicam tanto sucesso
Infantaria espinhosa
A principal força de choque do exército macedônio eram as falanges, grupos de infantaria (soldados que lutam a pé) formados por camponeses e outros macedônios comuns. Eles se armavam com longas lanças feitas de madeira e com ferro na ponta, com comprimentos que variavam entre 4,5 e 5,5 metros.
O rei a cavalo
Esta imagem ilustra a maneira mais provável como Alexandre podia ser visto nas batalhas. A cavalaria macedônia, recrutada tradicionalmente entre a aristocracia local, lutava sob comando pessoal do jovem rei, que possivelmente usava um capacete que permitia ampla visão e era protegido por armaduras e perneiras de bronze.
Cavalaria pelos flancos
Nos campos de batalha, as tropas de infantaria de Alexandre eram protegidas nos flancos por grupos de cavalaria. Os cavaleiros também usavam lanças e tinham a missão de abrir brechas no exército inimigo, adotando para isso uma formação em cunha, que permitia movimentos rápidos e facilitava a penetração.
Engenhocas de guerra
Os macedônios usavam máquinas de guerra que lembram catapultas rudimentares. Feitas de madeira e com grossos cordões de tendão de boi, elas disparavam pedras ou dardos com ponta de ferro, capazes de perfurar escudos e armaduras a uma distância de 400 metros.
Avanço fulminante
Em dez anos, ele expandiu as fronteiras de um pequeno reino europeu até a Índia.
1. Alexandre nasce em 356 a.C. em Pella, capital do reino da
Macedônia. Quando chega aos 18 anos, seu pai, Filipe II, parte para
campanhas militares e deixa nas mãos do filho a defesa do país. Com a
morte do pai, em 336 a.C., Alexandre herda um império que mal ultrapassa
as fronteiras da atual Macedônia.
2. Em 334 a.C., ele lidera um exército com 14 mil macedônios e 7 mil aliados gregos na invasão da Frígia (na atual Turquia). Em Gordium, capital da região, Alexandre teria sido desafiado a desatar o "nó górdio", que, segundo a tradição local, só seria desfeito pelo homem que governaria a Ásia. Ele teria resolvido a questão cortando o nó com a espada...
3. Um ano depois, Alexandre obtém uma vitória decisiva contra os persas na cidade de Issus. O rei persa Dario III foge às pressas, deixando a família real nas mãos do conquistador. Com a vitória, Alexandre pode avançar pela costa do Mediterrâneo rumo ao sul, invadindo a Síria e a Fenícia.
4. Em 332 a.C., o império se estende até o Egito, que antes estava sob domínio persa. Além de reorganizar a administração da região e fundar a cidade de Alexandria, ele viaja até o oásis de Siwa, onde um oráculo o saúda como faraó, dando-lhe o direito divino de governar o Egito.
5. Após a conquista do Egito, ele volta à região do Oriente Médio e parte para vitórias na Mesopotâmia (atual Iraque) e no próprio território da Pérsia (Irã). Ocupa também a região da Babilônia e escolhe a cidade de Susa, capital desta província, como o local de onde irá governar o império.
6. Alexandre segue conquistando territórios asiáticos, que hoje correspondem a países como Uzbequistão e Paquistão. No ano 326 a.C., já dentro das atuais fronteiras da Índia, os soldados se recusam a avançar e Alexandre permite que parte deles retorne para a Pérsia. O império atingira seu auge. No dia 13 de junho de 323 a.C., Alexandre morre em Susa, vítima de um grave desarranjo intestinal e febre.
2. Em 334 a.C., ele lidera um exército com 14 mil macedônios e 7 mil aliados gregos na invasão da Frígia (na atual Turquia). Em Gordium, capital da região, Alexandre teria sido desafiado a desatar o "nó górdio", que, segundo a tradição local, só seria desfeito pelo homem que governaria a Ásia. Ele teria resolvido a questão cortando o nó com a espada...
3. Um ano depois, Alexandre obtém uma vitória decisiva contra os persas na cidade de Issus. O rei persa Dario III foge às pressas, deixando a família real nas mãos do conquistador. Com a vitória, Alexandre pode avançar pela costa do Mediterrâneo rumo ao sul, invadindo a Síria e a Fenícia.
4. Em 332 a.C., o império se estende até o Egito, que antes estava sob domínio persa. Além de reorganizar a administração da região e fundar a cidade de Alexandria, ele viaja até o oásis de Siwa, onde um oráculo o saúda como faraó, dando-lhe o direito divino de governar o Egito.
5. Após a conquista do Egito, ele volta à região do Oriente Médio e parte para vitórias na Mesopotâmia (atual Iraque) e no próprio território da Pérsia (Irã). Ocupa também a região da Babilônia e escolhe a cidade de Susa, capital desta província, como o local de onde irá governar o império.
6. Alexandre segue conquistando territórios asiáticos, que hoje correspondem a países como Uzbequistão e Paquistão. No ano 326 a.C., já dentro das atuais fronteiras da Índia, os soldados se recusam a avançar e Alexandre permite que parte deles retorne para a Pérsia. O império atingira seu auge. No dia 13 de junho de 323 a.C., Alexandre morre em Susa, vítima de um grave desarranjo intestinal e febre.