Reprodução das Termas do Imperador Caracalla
Olá! Que prazer rever você em nosso espaço. Bom como você já percebeu nesses dias que se passaram nós já estamos tratando da Queda do Império Romano do Ocidente. Então nessas últimas postagens a respeito de Roma, iremos nos despedir do assunto... bom não é bem uma despedida, afinal agora que você começou a ver Feudalismo, acredito eu que começa a entender como era importante saber sobre os romanos não é mesmo ?
Pensando nisso eu preparei um estudo aqui para o nosso Blog a respeito de outro aspecto da sociedade romana e que esta bem próxima de nós também: a vida em cidade. A ideia é que você aluno(a) tenha a dimensão do que foi a mudança da vida nos grandes centros para o campo no processo de ruralização que vai se iniciar com o abandono das cidades por causa das invasões dos povos bárbaros (fica aqui o lembrete para que toda vez que esta palavra apareça - "bárbaro" - você tenha claro em sua mente, a discussão que fizemos em torno de seu significado para os romanos).
Uma primeira ideia que eu quero discutir com vocês é uma invenção que os romanos vão usar e que vai ajudar tanto a forma de construção, que até os dias de hoje ainda a utilizamos: o concreto
Concreto é uma espécie de mistura de rochas, que quando endurecido se reforça numa rocha ainda mais sólida. Você faz isso através da mistura de cal ,argila, areia, cascalho e água. A cal é, basicamente, as cinzas de calcário, é o que você obtém quando queima calcário ou mármore. Cal, argila, água misturada fazem o cimento, e então se você misturar o cimento com areia e cascalho obtém o concreto.
As pessoas têm utilizado o concreto por um longo tempo, o uso mais antigo que conhecemos é o vestígio de um piso duro para uma casa no leste da Europa (atual Sérvia), feito por volta de 5600 a.C. Os egípcios, mesopotâmios, chineses e gregos sabiam como fazer concreto, mas eles não chegaram a usá-lo muito. Os romanos começaram a usar um monte de concreto em suas construções a partir do imperador Nero, 60 d.C., e eles usaram-lo mais e mais a partir de então, geralmente como revestimento para os tijolos das construções.
Após a Queda de Roma, nenhum Império do Oriente, nem os reinos europeus que surgiram voltaram a usar tanto concreto quanto os romanos, pois preferiram construir com pedra. Só em períodos mais recentes de nosso História (que estudaremos ainda este ano), o concreto voltou a figurar como um dos requisitos básicos de uma construção.
Uma das últimas grandes construções romanas a utilizar o concreto (no revestimento dos tijolos) é a Basílica de Maxentius e Constantino (se lembra dele ? falamos em aula já bastante a seu respeito). Veja as imagens logo abaixo:
Além do concreto para o revestimento os romanos também usavam pedras. O mármore e o travertino (ou tufo calcário). Onde fosse muito caro usar mármore seria usado o travertino. Um dos melhores exemplos do uso do travertino é o Colisseu.
Na imagem o travertino é a rocha branca entre os tijolos do Colisseu
A maioria das pessoas no Império Romano viviam com sua família inteira em um quarto numa espécie de apartamento. Estes foram construídos, como muitos prédios de apartamentos baratos populares, cerca de dois ou três lados, mais um pátio, e com um ou dois andares de altura. Os outros lados do pátio tinha muros altos para impedir a entrada de assaltantes. Hoje nós usamos esses pátios para estacionamento, mas povo romano e em geral foram utilizados como o espaço para cozinhar, e para as crianças brincarem.
Em geral foram construídos a partir de tijolos de barro, com telhados planos. Pessoas ainda mais pobres que viviam nas cidades romanas, por vezes, tinham este tipo de apartamento ou ainda uma espécie de "barraco" ou "puxadinho" de madeira ou tijolos mas sem o pátio. Este tipo de construção recebia o nome de "insulae".
Ainda existe aqui aquela divisão que deixamos bem clara entre os patrícios e os plebeus. Isso ficará ainda mais claro na continuação de nosso texto. Observe como as casas e espaços reservados aos patrícios são luxuosos e fazem da vida uma verdadeira festa dos sentidos humanos.
Na média comum, uma casa de uma família rica romana (o "domus") teria as seguintes divisões:
Vestibulum: Entrada da casa
Atrium: *(vamos falar muito desta parte logo abaixo na postagem...continue lendo)
Tenda: Espaço coberto para tomar sol
Cisterna: fonte de água dentro das casas para banhos
Tablinum: Sala de visitas
Cubicula: Quarto
Peristilo: Jardim interno
E que tal uma visita virtual a este espaço do passado ? Topa ? Bom precisa que o seu computador tenha uma conexão bem rápida de internet e aquele nosso programa para imagens já conhecido nosso aqui do blog, o "Flashplayer". Se estiver tudo "ok", acesse clicando no link abaixo, então:
Bom, se você não tem uma conexão tão boa, não se preocupe. Assista logo abaixo a um video que recria o mesmo gênero de reprodução de uma residência romana. Confira:
Incrível não é mesmo ? A tecnologia a serviço do aprendizado é realmente uma ferramenta muito útil.
Que tal explorar um pouco mais a respeito dessa vida luxuosa dos romanos na cidade ? Vamos lá então...
Casa Romana: Lectus
Casa Romana: Triclinium
Casa Romana: Peristylium
A nossa reprodução até aqui tem se baseado em vestígios. Mas de onde surgem estes ecos do passado ?
A grande maioria do conhecimento que temos a respeito da moradia romana, vem do que foi preservado da cidade de Pompéia, soterrada pela lava e cinzas vulcânicas. Veja o exemplo a seguir:
Pompéia, Casa de Ottavio Quartione
Como pode se notar a casa romana era extremamente rica em detalhes e cores. Mas e o espaço público de ricos patrícios ?
Bom, os romanos como a animação mostrou e as imagens apontam, davam um grande valor a possibilidade de ter em suas casas, água limpa e corrente. A melhor evidência deste conceito no espaço público são as casas de banho, espaços para relaxamento e política também...
Casa Romana: Balneum
Casa Romana: Atrium
Percebeu que a água é simbolo de status entre os romanos na cidade ? Vamos explorar então um pouco mais a respeito.
Thermae: Os Banhos na Roma Antiga
Ao tomar um banho romano, o banhista se expunha gradualmente ao aumento da temperatura. Para realizar este ritual, todos os Thermae romanos continham uma série de câmaras que ficavam progressivamente mais quentes.
A entrada era feita pelo Apodyterium, uma câmara onde o banhista trocava e guardava suas roupas. Em seguida, o banhista seguia para o Frigidarium, uma câmara com um tanque de água fria. Depois do Tepidarium (um ambiente morno), finalmente, um banho quente no Caldarium.
Depois de passar por estas etapas do banhos de imersão, o banhista retornava ao Tepidarium para uma massagem com óleos e raspagem dos resíduos. Alguns Thermae continham uma sala seca para repouso (Laconium) , onde o banhista concluía o processo de repouso e sudorese.
Apodyterium- Vestiário.
Tepidarium- Ambiente morno. para descanso ou massagens.
Frigidarium- Ambiente frio com banheiras ou tanques de água fria.
Caldarium- Camâra para banhos quentes em piscinas ou tanques.
Sudatorium- Câmara com vapores (espécie de sauna).
Assim, os romanos elevaram o ato de tomar de banho a status de ritual artístico, e seus Thermae refletiam esses avanços fisicamente. O Thermae romano incluía um ritual muito mais complexo do que um processo de simples imersão ou transpiração. As diferentes etapas do banho-ritual (despir-se, banhar-se, transpirar, receber massagem e descansar) tornavam necessária a construção de câmaras separadas por funções para cada etapa do banho.
O design dos banhos romanos continham notáveis características arquitetônicas. Cada homem rico trazia seu próprio escravo que lhe atendia em toda a sequência de banhos. o Thermae, normalmente, tinha três entradas: uma para homens, uma para mulheres e outra para escravos.
Os Thermae frequentemente continham um pátio, ou Palaestra. A Palaestra que era um jardim ao ar livre utilizado para exercícios físicos. Em alguns casos, a Palaestra era construída em um pátio no interior do Thermae, e em outros casos a Palaestra ficava ao lado de fora. Quase sempre uma colunata delineava as bordas da Palaestra.
Divisões de um Thermae na Antiga Roma:
Apodyterium: Era a entrada dos termas romanos. Serviam como vestiários. Era sempre a primeira camâra, logo após ao pórtico da entrada. Nesta câmera o banhista se despia e guardava suas roupas, sempre vigiadas por um escravo.
Tepidarium: Câmara de temperatura morna que preparava ao banhista para o banho de água quente.
Sudatorium: Câmara com vapores, parecida com a sauna moderna (sala de transpiração).
Palaestra: Patio central para o qual se abriam todas as demais câmaras e era usado para exercícios físicos.
Tabernae: Lojas adjacentes às câmaras de banho, onde se vendiam bebidas e comidas.
Caldarium: Banhos de água quente. Era uma camâra luminosa e enfeitada. As grandes termas tinham inclusive piscinas, onde se podia nadar. Em termas menores, o banho era feito em banheiras ou tanques de água quente.
Frigidarium: Camâra destinada aos banhos de água fria. Em grandes termas o frigidarium podia ser descoberto e incluía entre suas instalações uma grande piscina onde se praticava natação (Natatiae).
Laconicum: Câmara seca.
Hypocaustum: Sistema de aquecimento sob o pavimento, em que o ar aquecido das fornalhas circulava através de tijolos perfurados, e daí espalhavam calor no interior das paredes.
Praefurnium: Local das fornalhas subterranêas que aqueciam o ar e a água das banheiras
Os Thermae repúblicanos tinham instalações de banho separadas para homens e mulheres, mas durante o primeiro século depois de Cristo, o banho misto era comum. No entanto, a separação entre homens e mulheres foi restabelecida pelo Imperador Adriano.
A área reservada as mulheres era geralmente menor do que a área dos homens, por causa do menor número de freguesas. Paredes sólidas e localização em lados opostos, separavam o espaço masculino e feminino, e garantiam a privacidade.
A separação dos sexos e as adições de atividades não diretamente relacionadas ao banho (ginástica, leitura etc) também tiveram impactos diretos sobre a arquitetura dos banhos. O ritual do banho romano e sua elaborada arquitetura serviram como precedente para instalações balneáreas européias e americanas.
O declínio do Império Romano no Ocidente, a partir de 337 d.C., depois da morte do imperador Constantino, obrigou as legiões romanas abandonar suas províncias periféricas e deixar os banhos serem assumidas pela população local ou destruídos.
Como ficou colorida esta postagem não é mesmo ? Mas nem de longe tão colorida quanto a casa de um patrício...
Continuando a nossa conversa, vamos falar também um pouco a respeito dos espaços do comércio nas cidades romanas.
OSTIA
Localizada na boca do rio Tibre.
Funcionou como porto da antiga Roma.
Podia acomodar até 200 embarcações.
Seu perfil urbano trazia grandes armazéns, lojas e cantinas.
Cada loja era identificada com um mosaico em preto e branco, marca registrada de Ostia.
Por causa das limitacoes de Ostia, um novo porto foi construído na margem direita do rio tibre, o "Portus Augusti".
Ambos os portos recebiam o mesmo tipo de produto: vinho, azeite, materiais de construcao, tecidos, etc.
O mercado de Trajano
Após o Fórum de Júlio César e do Fórum de Augusto, mais tarde imperadores também construiram mais extensões para o Fórum Romano(espaço de comércio), para dar mais espaço para os negócios. O imperador Trajano construiu um novo fórum por volta do ano 100 d.C.
No fórum, entre duas bibliotecas que não estão mais lá (uma para livros em latim e outro para livros gregos), situou-se coluna de Trajano.
Na parte de trás do seu fórum, construído contra a lateral de uma colina, Trajano construiu também um monte de lojas. Esta não era uma idéia nova - Júlio César tinha lojas em seu fórum também, cento e cinqüenta anos antes. Mas o arquiteto de Trajano, Apolodoro, construiu um shopping espetacular, em vez de apenas uma fileira de lojas.
O Fórum
No centro da maioria das cidades romanas havia um grande espaço aberto chamado “Fórum”. Pessoas se reuniram ali para fazer negócios, vender coisas e comprar, para ver seus amigos, para saber mais sobre as notícia de terras distantes e conquistas, e até mesmo para ir à escola. Normalmente, o Fórum teve pavimento de pedra, e em seu entorno templos, basílicas e, às vezes, lojas (lojas). Em algumas cidades, o Fórum teve uma plataforma disposta nele para que as pessoas pudessem fazer discursos. Esta plataforma foi chamada de "Rostra".
Pouco a pouco, homens ricos da cidade foram adicionando ao Fórum estatuas e ornamentos, como demonstração de poder e influência. Até o governo de Júlio César o Fórum estava bem cheio.
Vestígios do Fórum de Júlio César
Mas ainda não havia espaço. Então no governo de Otávio Augusto, foi construído um outro Fórum ao lado do de Júlio César.
Anfiteatros
A maioria das pessoas já ouviu falar do Coliseu, em Roma, mas havia muitos outros anfiteatros em todo o Império Romano. As primeiras lutas de gladiadores, na época etrusca, realizavam-se em qualquer lugar plano perto de uma colina, de modo que as pessoas podiam sentar-se na encosta e assistir as lutas sendo realizadas sobre a área plana. Mas nem sempre há uma colina conveniente assim, então em pouco tempo, cerca de 300 a.C., os homens ricos e prefeituras começaram a construir anfiteatros de madeira para as pessoas para se sentar, como colinas artificiais, ou como os construidos para eventos em feiras ou festivais de hoje. Eles foram chamados anfiteatros, porque eles foram construídos como teatros um de frente para o outro.
Nos últimos anos da República Romana, no entanto, havia muitas lutas de gladiadores e as pessoas se cansaram de arma esses anfiteatros de madeira e ter que desmonta-los depois. Grandes cidades começaram a construir anfiteatros permanentes de calcário e mármore. Os primeiros anfiteatros de pedra não foram construídos em Roma, mas em Pompéia e outras pequenas cidades na Itália.
No tempo do Império Romano, quase todas as cidades de mais de alguns milhares de habitantes tinham o seu próprio anfiteatro de pedra,e era assim em todo o Império Romano da Síria para Espanha e da Inglaterra para a Tunísia. Muitos deles ainda estão de pé (pelo menos parte delas ainda está de pé) ainda hoje, e você pode ir visitá-los.
Muitos anfiteatros romanos foram construídos fora de Roma. Esta imagem abaixo é do anfiteatro de El Djem na Tunísia (África do Norte), um dos maiores anfiteatros que ainda resta hoje. O anfiteatro era suficientemente grande para conter muito mais pessoas do que as que viviam na cidade de El Djem: os agricultores costumavam vir do campo todas as férias para ver os espetáculos de gladiadores e execuções .
Esses anfiteatros continuaram a ser usados até por volta do ano 300 d.C., quando muitos romanos se converteram ao cristianismo e os bispos cristãos começaram a pregar que as lutas de gladiadores estavam erradas. Isto foi em parte porque os anfiteatros tinham sido usados também para executar prisioneiros cristãos, pessoas que tinham sido condenados por praticar ilegalmente o cristianismo, como São Paulo. E foi em parte também, porque tradicionalmente gladiadores lutaram em honra dos deuses romanos.
Aquedutos
Como as cidades romanas ficaram maiores no decorrer da República Romana, ficou muito difícil para as pessoas que viviam nas cidades para ter acesso a água. Porque esgoto era lançado nas mesmas águas que serviam de fonte para a população muitos adoeceram. Os governos locais, em primeiro lugar na cidade de Roma e depois em outras partes do império crescente, decidiram construir canais de pedra longos para levar água limpa a partir de colinas próximas às cidades. Este é um aqueduto da cidade de Roma:
Estes foram chamados aquedutos, a partir da palavra latina para água (aqua) e da palavra latina para o canal (ducto). No tempo do Império, a maioria das cidades romanas tinham pelo menos um aqueduto para trazer água fresca, e grandes cidades como Roma tinha 10 ou mais.
O aqueduto de Nimes, no sul da França (Pont du Gard)
Estes aquedutos eram um grande desafio para construir. A engenharia tinha que ser apenas para a direita a fim de obter a água a correr através dos canais e chegar à cidade, sem estagnar no canal ou vindo rápido demais para a cidade. Eles tinham que manter a inclinação da mesma o tempo todo, por isso às vezes os aquedutos tiveram que correr em altos arcos, e outras vezes ao longo do terreno, em canais de pedra, ou mesmo sob a terra em túneis.
Os engenheiros romanos construíram aquedutos em todo o Império Romano, da Síria para a Inglaterra. Todas as cidades romanas praticamente tinham água potável a partir desses aquedutos. Mas nas aldeias, onde a maioria dos romanos viviam, não havia aquedutos, e muitas vezes as pessoas bebiam água suja do rio mais próximo, e muitas mulheres e crianças passavam horas todos os dias no transporte de água do rio mais próximo vasos de barro.
Os aquedutos continuaram a ser usados até o ano de 400 d.C., quando a queda do Império Romano na Europa Ocidental fez com que a maioria das cidades ficassem muito menores, sendo assim capazes de obter água suficiente a partir de poços.
Basílica
Quando os romanos tinham qualquer atividade que queriam fazer em grupos, mas protegidos do tempo, eles geralmente se reuniram em uma basílica.
O interior de uma basílica era basicamente muito parecido com uma igreja cristã moderna ou uma catedral medieval: um grande salão com colunas ao longo dos lados para fazer corredores. Às vezes, eles construiam uma plataforma elevada em uma extremidade para as pessoas importantes. O piso da Basílica Aemilia foi construído de diversos tipos de mármore, que vieram da Numídia e Egito na África, da Grécia, e assim por diante, para mostrar todos os lugares diferentes que o Império Romano dominava.
Dentro da basílica, os juízes ouviam processos judiciais, ou os políticos faziam discursos, ou às vezes ainda, os professores realizavam aulas. Lá fora, nos degraus da basílica, as pessoas vendiam comida.
Templos
Como os egípcios, os cartagineses, os gregos e os etruscos, antes deles, os romanos construíram muitos templos para seus deuses. Um dos primeiros edifícios que conhecemos em Roma é o Templo Capitolino, que foi construído no topo da colina do Capitólio sob os reis de Roma. Era um templo de três deuses, Júpiter, Juno e Minerva. Mas o templo foi completamente destruído, e apenas pequenos pedaços das fundações são ainda encontrados hoje.
Vestígios do Templo de Marte construído próximo do Fórum de Augusto
Constantino se converteu ao cristianismo em 312 d.C.,e com isso, as pessoas praticamente pararam de construir templos e começaram a construir igrejas em seu lugar. Muitas vezes, eles derrubaram templos antigos para usar o mármore para as novas igrejas. A maioria dos templos romanos que ainda estão de pé hoje sobreviveram porque foram transformados em igrejas cristãs.
Templo de Antonio e Faustina
O Panteão
Panteão de Adriano
No tempo do imperador romano Augusto, no ano 10 d.C, um de seus generais, um homem chamado Agripa, construiu um templo no centro de Roma dedicado "a todos os deuses” (pan = tudo, = theon dos deuses, em grego).
Uma curiosidade a respeito do Panteão é que, o primeiro foi sofreu um grande incêndio, durante o reinado de Tito, no ano 80 d.C. Domiciano construiu um novo templo lá, e que acabou incendiado também. No ano 120 d.C., Adriano construiu um terceiro templo lá em um estilo mais moderno. Este é o templo que temos até hoje. Mas para honrar Agripa, Adriano deixou uma mensagem sobre a porta dizendo que Agrippa tinha construído o templo, como você pode ver na imagem que abre este trecho de nossa postagem.
Do lado de fora ele realmente não parece muito impressionante. O Panteão é construído como um templo grego na frente, com oito colunas em toda a frente como o Parthenon, e um frontão em cima disso.
Mas no interior do Panteão há uma grande cúpula. A maior cúpula já construída no mundo até aquele momento - 43 metros de diâmetro (142 metros), e 43 metros do chão ao topo da cúpula.
Impressionante não é mesmo ? Quer ver melhor ? Veja o vídeo logo abaixo:
Em comparação com outras imagens que vimos até aqui, o Panteão esta muito bem conservado não é mesmo ? Isto se explica pelo seguinte...
O imperador romano Phocas deu o prédio para os Papas em 609 d.C., para servir como igreja cristã, e os Papas, desde então, tem cuidado muito bem dele.
Imperador Phocas
Senado
A primeira casa do Senado Romano, de acordo com historiadores romanos, foi construído antes mesmo de haver formalmente um Senado, por um dos reis de Roma, Túlio Hostilius(veja postagens anteriores nossas, para saber mais ou lembrar-se do período monárquico em Roma). Foi no Fórum Romano, perto de alguns lugares sagrados antigos, onde as pessoas sentiram perto de deuses poderosos.
Curia ou Casa do Senado construída por Diocleciano
Mais tarde os romanos derrubaram o edifício do primeiro Senado para dar espaço para um novo fórum, e assim no governo de Júlio César começou a construção de uma nova casa do Senado. Depois que os outros senadores conspiraram e assassinaram Júlio César em 44 aC, o seu sobrinho Augusto dedicou a nova casa do Senado para a memória de Júlio César.
Quando o edifício foi destruído por um incêndio na por volta do ano 200 d.C., o imperador Diocleciano construiu uma nova casa com toda a modernidade de seu período. Esta é a casa do Senado que ainda está de pé até hoje. É ainda no mesmo lugar, no Fórum Romano.
O mármore colorido usado no chão do Senado de Diocleciano veio de diversas partes do Império Romano, para mostrar que o Senado controlava tantos lugares diferentes e era muito poderoso.
A casa do Senado também teve grandes portas de bronze. Um dos papas mudou as portas para uma igreja em Roma, mas elas ainda são as mesmas portas.
O Senado reuniu-se neste edifício por mais de 300 anos depois que ele foi construído, mas quando o governo romano se mudou para Constantinopla,o Senado gradualmente parou de reunir (a última reunião registrada foi em 580 d.C.). A casa do Senado ainda está em muito boa forma, hoje, com um telhado sobre ela, porque assim como o Panteão, o imperador Phocas deu aos Papas para se transformar em uma igreja cristã no início de 600 d.C. e os Papas cuidaram muito bem do espaço.
Quanta coisa não é mesmo ? E que cenários lindos para se visitar ! Ponha como meta em sua vida que este mundo é do tamanho que você quer que ele seja e quem sabe você não irá me escrever no futuro contando como foi sua viagem a todos estes sítios arqueológicos. Até a nossa próxima postagem !
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