Olá
! Seja bem vindo(a) novamente ao nosso espaço extra sala para discussão
e reflexão. No nosso último encontro falamos a respeito de Revolução
Industrial na Inglaterra. Essencialmente falamos de diversos assuntos em
torno deste tema. Que tal saber mais um pouco e preparar-se mais ?
Aceita ? Pois bem. Na nossa próxima aula iremos assistir a um video que
nos ajudará a compreender certos aspectos do tema, mas como este é um
espaço mais ágil de nossa atividade, o video já se encontrará aqui (não
fique aflito quanto ao acesso a ele, pois será exibido em sala de aula
também ok).
Eolípila
é o nome desta segunda figura em nosso blog(falaremos novamente a
respeito dela, aguarde). Aqui podemos ver o exemplo, da força que
poderia ser extraida a partir do vapor d'água. Para saber mais vamos ao
video. Confira:
Segue agora algumas imagens para lhe ajudar no entendimento e preparação para a atividade que faremos em sala:
Esta é a "Spinning Jenny" acima.Invenção de James Hargreaves
A
máquina movida pela força da corrente continua de água, desenvolvida
por Cartwright. Como você pode perceber as possibilidades de utilização
são limitadas pois só seria possivel instalar este sistema próximo a
locais com água corrente. O Vapor foi a solução para esse problema e
dinamizou a produção
Com
toda a certeza ficou para você aluno(a) uma pergunta: "Mas afinal de
onde surgiu a ideia de usar o vapor para mover o maquinário ?"
Lembra
da Eolípila ? A segunda imagem de nossa postagem. Foi a partir dela que
a ideia de utilizar o vapor como fonte de energia foi aplicada. A ideia
original não é inglesa mas grega. De Heron de Alexandria.
Heron
de Alexandria - (também escrito como Hero e Herão, 10 d.C. - 70 d.C.)
foi um sábio matemático e mecânico grego, do começo da era cristã
(século I). É especialmente conhecido pela fórmula que leva seu nome e
se aplica ao cálculo da área do triângulo. E também por ajudar a
descobrir mais rápido raízes inexatas(álgebra). Seu trabalho mais
importante no campo da geometria e metrica, permaneceu desaparecido até
1896. Ficou conhecido por inventar um mecanismo para provar a pressão do
ar sobre os corpos, que ficou para a História como o primeiro motor a
vapor documentado, a nossa agora já conhecida eolípila.
Que
tal ver um experimento de como ela funciona ? Vamos então clique na
imagem em flash abaixo e observe. Passe o mouse sobre as áreas em
destaque para mais informações a respeito.
A
ideia foi como você pode perceber aprimorada. Vamos ver mais uma
animação. Agora considerando como funciona uma grande máquina a vapor: o
trem. Uma máquina que funciona com o motor a vapor de pistão.Clique e
inicie a animação:
Você
pode ver que a válvula corrediça é responsável por permitir que o vapor
em alta pressão entre em qualquer lado do cilindro. A haste de comando
da válvula é geralmente conectada a uma ligação com a cruzeta, de modo
que seu movimento faça a válvula funcionar deslizando. Na locomotiva a
vapor, este arranjo também permite ao maquinista fazer o trem dar
ré.Você pode ver neste diagrama que o vapor, depois de usado, é
simplesmente expelido, saindo para a atmosfera. Esse fato explica duas
coisas sobre locomotivas a vapor: por que se deve carregar água na
estação - a água é constantemente perdida com a descarga de vapor. O som
"tchu-tchu" que vem da locomotiva - quando a válvula abre o cilindro
para liberar a descarga de vapor, este escapa em pressão muito alta,
fazendo o som "tchu" quando sai. Quando o trem dá partida, o pistão se
move muito lentamente, mas quando o trem começa a andar o pistão ganha
velocidade. O efeito disto é o "tchu... tchu... tchu...
tchu-tchu-tchu-tchu" que ouvimos quando o trem começa a se mover. Numa
locomotiva a vapor, a cruzeta normalmente se liga a uma haste motriz, e
daí às hastes de acoplamento que acionam as rodas da locomotiva. No
diagrama apresentado, a cruzeta é conectada à haste motriz que, por sua
vez, se conecta a uma das três rodas motrizes. As três rodas são
conectadas por hastes de acoplamento de modo que girem em uníssono,
juntas. O vapor de alta
pressão para um motor a vapor vem de uma caldeira. O trabalho da
caldeira é aquecer a água para gerar vapor. Há dois métodos: tubo de
fogo e tubo de água. A caldeira com tubos de fogo era mais comum nos
anos 1800. Ela consiste em um tanque de água atravessado por canos. Os
gases quentes do fogo de carvão ou madeira atravessam os canos para
esquentar a água no tanque, como mostrado aqui:
Numa
caldeira com tubos de fogo, o tanque todo está sob pressão, então se o
tanque estourar, gera uma grande explosão. Mais comuns hoje são as
caldeiras tubulares de água, nas quais a água corre através de um
conjunto de tubos que ficam na passagem dos gases quentes do fogo. O
diagrama simplificado a seguir mostra um esboço de uma caldeira de tubos
de água:
Numa
caldeira real, tudo é muito mais complicado porque o objetivo dela é
extrair todo o calor possível do combustível queimado para melhorar a
eficiência.
O
vapor foi utilizado nas mais variadas funções a partir do
desenvolvimento técnico da primeira revolução industrial. Até o limite
da própria tecnologia. Veja abaixo a imagem de um primeiro automóvel
movido a vapor:
Tarzan foi criado pela imaginação do escritor
norte-americano. Antes de tentar a sorte como escritor, Burroughs tentou
ganhar a vida numa série de ocupações, entre as quais, policial, mas fracassou
em todas elas. Aos trinta e cinco anos de idade, tinha uma família para
sustentar e estava praticamente falido. Assim, tentou a carreira de escritor.
Ele conseguiu vender suas histórias para serem publicadas em
revistas de literatura barata então muito populares nos Estados Unidos nas
primeiras décadas do século XX. Assim, a primeira história de Tarzan
foi publicada em outubro de 1912, no romance Tarzan of the Apes (
Tarzan dos Macacos ), numa revista chamada All-Story. Foi um sucesso imediato e
Burroughs escreveu vinte e quatro romances sobre o herói das selvas. O escritor
enriqueceu, pois detinha os direitos autorais sobre sua criação. Por outro
lado, alguns dos artistas que desenharam os quadrinhos para jornais (tiras
diárias e páginas para suplementos dominicais) reclamavam que ganhavam pouco,
pois a maior parte do lucro ia para Burroughs, e após sua morte em 1950, para
seus herdeiros.
Burroughs nunca havia posto os pés na África. O escritor também não se
preocupou em pesquisar seriamente sobre o continente africano para escrever as
aventuras de Tarzan. Para criar as aventuras de Tarzan, usou apenas sua fértil
imaginação e buscou inspiração nos livros de aventura de escritores como
Rudyard Kipling, autor de O livro da selva (também conhecido como O livro da
Jângal, numa tradução de Monteiro Lobato) e H. Rider Haggard, autor de As minas
do rei Salomão.
Na obra de Kipling, ambientada na Índia, o personagem principal era Mogli, o
menino-lobo, uma criança órfã adotada por lobos. Para se diferenciar da obra de
Kipling e não ser acusado de plágio, Burroughs fez três alterações
significativas: mudou a ambientação da Índia para a África, enquanto Mogli foi
adotado por lobos, Tarzan foi adotado por macacos, e enquanto Mogli era uma
criança indiana, Tarzan era filho de uma família de aristocratas
ingleses. Em comum com os livros de Haggard, a obra de Burroughs tinha a
ambientação na África e elementos como cidades e tesouros perdidos.
O personagem apareceu em mais vinte e quatro livros e em diversos contos
avulsos. Outros escritores também escreveram obras com o herói: Barton Werper,
Fritz Leiber, Philip José Farmer etc.
Tarzan é filho de ingleses, porém foi criado por macacos (“manganis”, na
linguagem dos símios, criada por Burroughs) na África, depois da morte de seus
pais. Seu verdadeiro nome é John Clayton III, Lorde Greystoke. Tarzan é o nome
dado a ele pelos macacos e significa “Pele Branca”. É uma adaptação moderna da
tradição mitológico-literária de heróis criados por animais. Uma destas
histórias é a de Rômulo e Remo, que foram criados por lobos e posteriormente
fundaram Roma.
A visão da África criada por Burroughs tem pouco a ver com a
realidade do continente, pois ele inventa que a selva africana esconderia
civilizações perdidas e criaturas estranhas. Burroughs, entretanto, nunca
esteve na África.
Em 7 de Janeiro de 1929, Tarzan ganhou sua tira
diária, distribuída pelo The Metropolitan Newspaper Service (mais tarde
United Feature Syndicate) e desenhada inicialmente por Hal Foster. Abaixo, os
primeiros episódios diários.
Por Hal Foster (desenhos) e R.W. Palmer (roteiro):
01- “Tarzan of the Apes” (iniciada em 07/01/29);
Por Rex Maxon (desenhos) e R.W. Palmer (roteiro):
02- “The
return of Tarzan” (iniciada em 10/06/29);
03- “The beasts of Tarzan” (iniciada em 19/08/29);
04- “The son of Tarzan” (iniciada em 25/11/29);
05- “Tarzan and the jewels of Opar” (iniciada em 17/03/30);
06- “Tarzan and the Lost Empire” (iniciada em 14/07/30);
07- “Tarzan and the Golden Lion” (iniciada em 20/10/30);
08- “Tarzan, Lord of the Jungle” (iniciada em 09/02/31);
09- “Tarzan at the Earth’s core” (iniciada em 01/06/31);
10- “Tarzan the Terrible” (iniciada em 21/09/31).
Antes da década de 1930, os quadrinhos publicados em jornais
eram, em sua grande maioria, de teor cômico ou humorístico (daí os quadrinhos
em inglês serem chamados de comics). A adaptação de Tarzan para tiras de jornal
foi uma das primeiras séries de quadrinhos de aventura a se tornar popular
entre leitores de jornais do mundo inteiro. A depressão econômica que se seguiu
à quebra da bolsa de Nova York em 1929 não impediu que as tiras de Tarzan
continuassem fazendo sucesso.
O sucesso foi imediato, e as primeiras tiras diárias do Tarzan começaram a ser
publicados por jornais americanos já em 17 de junho de 1929, com desenhos de
Rex Maxon, que passou logo depois a realizar também especiais dominicais. O
criador do personagem de romance Tarzan – Edgar Rice Burroughs – não gostava do
trabalho de Maxon.
A página domical surgiria em 15 de março de 1931. Abaixo, os
primeiros episódios dominicais, por Rex Maxon (desenhos) e R.W. Palmer (roteiro):
01- “The perils of Bob and Mary
Trevor” (15/03/31 – 20/09/31);
Por Hal Foster (desenhos) e R.W. Palmer & George Carlin
(roteiro):
02- “Hawk
of the desert” (27/09/31 – 20/12/31);
Por Hal
Foster (desenhos) e George Carlin (roteiro):
03-
“Tarzan’s first Christmas” (27/12/31);*
04- “Tarzan and the fox” (03/01/32);*
05- “The dance of victory” (10/01/32);*
06- “Aboard a slave ship” (17/01/32);*
07- “The baby of the apes” (24/01/32);*
08- “The black pit!” (31/01/32);*
09- “Hulvia the Beautiful” (07/02/32 – 17/04/32);
10- “Lenida the Lion Tamer” (24/04/32 – 05/06/32).
Assim, Tarzan voltou a ser desenhado por Hal Foster,
em setembro de 1931.
Os apreciadores da Nona Arte tiveram então a oportunidade de acompanhar a série
pelo magistral quadrinhista até 1937, quando Foster passou a se dedicar
integralmente à sua maior criação: o Príncipe Valente.
A obra de Burroughs teve uma seqüência muito feliz, em
termos de desenho: quem sucedeu Foster foi Burne Hogarth, o desenhista
mais conhecido de Tarzan, que manteve a autoria da série até 1945. Outros
que tiveram destaque com o personagem, posteriormente, foram Russ Manning e Joe
Kubert.
Dezoito livros de Tarzan foram publicados no Brasil pela Companhia Editora
Nacional a partir de 1933, na lendária coleção Terramarear. As traduções foram
feitas por importantes escritores, como Monteiro Lobato, Godofredo Rangel,
Manuel Bandeira e outros. Na década de 1970, a Editora EBAL relançou desses
oito volumes, com capas de Burne Hogarth.
Tarzan, O Filho das Selvas; A Volta de Tarzan; As Feras de
Tarzan; O Filho de Tarzan; O Tesouro de Tarzan; Tarzan na Selva; Tarzan, O
Destemido; Tarzan, O Terrível; Tarzan e o Leão de Ouro; Tarzan e os Homens
Formigas; Tarzan, O Rei da Jângal; Tarzan e o Império Perdido; Tarzan no Centro
da Terra; Tarzan, O Invencível; Tarzan Triunfante; Tarzan e a Cidade de Ouro;
Tarzan e os Homens Leopardos; Tarzan, O Magnífico.
QUADRINHOS
Harold Foster foi o primeiro artista a desenhar Tarzan:
em 1929 foram publicadas as sessenta tiras diárias de “Tarzan of the Apes”;
Foster só voltaria ao personagem em 1931, desenhando páginas dominicais
coloridas. Ele é responsável por várias inovações de inspiração
cinematográfica: campo e contra-campo, grandes planos e contra-luz. Ele seguiu
fielmente os livros de Burroughs e nunca usou balões e, sim, textos
incorporados aos quadrinhos. A partir de 1937, Foster foi substituído por Burne
Hogarth, o maior ilustrador do herói. Influenciado por Michelângelo e pelo
expressionismo alemão, Hogarth utilizou seus conhecimentos de anatomia para
mostrar uma explosão de músculos, um turbilhão de movimentos, paisagens
atormentadas mas vibrantes, selvas fantasmagóricas e raízes com formas
monstruosas. Ele desenharia essas páginas até 1950, quando foi substituído pelo
também importante Bob Lubbers, mas voltou em 1972, com uma nova versão da
história de Tarzan em forma de livro.
Rex Maxon começou uma longa série de aventuras de Tarzan ainda em 1929, quando
Foster se recusou a desenhar “The Return of Tarzan”. Dono de um traço duro, que
melhorou com o tempo, Maxon desenhava tiras diárias, distribuídas para os
jornais do mundo inteiro, mas se encarregou também de páginas dominicais
durante vinte e oito semanas em 1931, enquanto Foster não voltava. Maxon
desenhou Tarzan até 1947.
A partir de 1968, no entanto, tanto as tiras diárias quanto
as páginas dominicais foram entregues a outro artista genial: Russ Manning, que
também desenhou as histórias de Korak, o filho de Tarzan. Mestre absoluto do
preto e branco, Manning desenvolveu uma visão moderna do herói, sem os
barroquismos de Hogarth. Vários outros desenhistas se dedicaram ao personagem,
muitas vezes anonimamente: Joe Kubert, Dan Barry, John Lehti, Reinman, Ruben
Moreyra, Jesse Marsh, John Celardo, John Buscema, Bob Lubbers etc. Dentre os
autores, destaca-se Gaylord DuBois. Poucos artistas conseguem capturar a
essência da figura humana em sequências de ação como Joe Kubert. Seu expressivo
talento encontra-se plenamente exposto nas HQs do Tarzan da década de 1970.
Tarzan apareceu em muitas revistas em quadrinhos em vários editoras.
Em 1947, o personagem foi publicado pela Dell
Publishing/Western Publishing.
O Tarzan da Dell pouco tinha haver com os livros Edgar Rice Burroughs, era mais
parecido com o Tarzan dos cinemas.
Em 1962 a parceira entre a Dell e Western foi desfeita, logo foi criado pelo
Western, o selo Gold Key Comics Tarzan foi um dos títulos publicados pela Gold
Key
Em 1972, a DC consegue a licença de Tarzan e inicia uma série de quadrinhos
produzida por Joe Kubert, a primeira edição da revista é a número 207,
continuando a numeração da Dell
Em 1977, a DC publica seu último número de Tarzan, encerrada na edição 259,
nesse mesmo ano o personagem passa a ser publicado pela Marvel Comics, na
Marvel a numeração é reiniciada, a revista teve 29 edições e possuia arte de
John Buscema.
Em 1992 e 1993, a Malibu publicou nos EUA algumas edições de
Tarzan para logo passar os direitos à Dark Horse, atual editora das HQs do
Homem Macaco. A editora também fez um ótimo trabalho em adaptações fiéis aos
romanos e crossowers como Tarzan vs Predador e Batman/Tarzan e Superman/Tarzan
(publicadas no Brasil pela editora Mythos e Pandora Books). Também coube à Dark
Horse publicar a quadrinização do longa animado Tarzan, da Disney, além de
relançar encadernados com as HQs de Joe Kubert da década de 1970.
Origem inverossímil e mensagem neocolonialista
Nos quadrinhos, a origem de Tarzan foi recontada de
maneira bastante fiel ao primeiro romance de Burroughs: a trama do romance
original começa em 1888. John Clayton, também conhecido como Lorde Greystoke,
viaja com sua esposa, Alice, da Inglaterra para uma colônia britânica na
África; durante a viagem, os marinheiros realizam um motim e o casal é abandonado
numa selva africana, onde constroem uma casa na árvore; Alice, que estava
grávida, dá à luz John Clayton II. Após um ano, a esposa enlouquece, adoece e
morre; a cabana é invadida por macacos e o Lorde Greystoke é morto pelo macaco
Kerchak, o sanguinário líder dos símios, o bebê de um ano do casal inglês é
encontrado e adotado por uma macaca chamada Kala, que acabara de ter perdido o
seu bebê após tê-lo deixado cair de uma árvore.
Criado pelos macacos mangani, a criança cresce acreditando
ser um deles, mas sofre por ser fisicamente diferente. O herói só começa a
descobrir sua verdadeira origem ao desobedecer à ordem dos macacos de não se
aproximar de uma área proibida: a cabana onde havia nascido. Lá, encontra os
esqueletos de seus pais, do filhote de Kala e descobre um novo mundo graças aos
livros e fotos que encontra. Com o passar do tempo, aprende até a ler e a
escrever associando imagens e letras. Na cabana, o herói também encontra uma
faca e percebe numa luta com um gorila que, na habilidade de manipular objetos,
reside sua superioridade sobre as feras. E é graças a essa habilidade que, mais
tarde, Tarzan vence Kerchack e se torna o Rei dos Macacos.
Após descobrir que não é um macaco, Tarzan encontra outros
humanos, porém de pele escura: os membros de uma tribo das redondezas. Logo
percebe que, assim como as figuras da cabana, eles não andam nus. É daí que
passa a usar sua famosa tanga de leopardo – na trama, ela foi roubada do nativo
que matou Kala com uma flecha envenenada. Quando se torna adulto, Tarzan
salva um grupo de americanos deixados na costa por marinheiros
amotinados. Entre eles está Jane Porter (por quem o herói se
apaixona) e Willian Clayton, primo de Tarzan e herdeiro do título de Grystoke.
Um detalhe: William e Jane estavam noivos. Após um breve romance e posterior
desencontro com o herói, Jane volta à civilização com seu noivo, deixando o
homem macaco para trás. Tarzan só deixa a floresta mais tarde, levado pelo
Tenente D’Arnot, um francês que o herói salvou dos canibais. Ele ensina ao
Tarzan a falar francês e inglês e os modos da civilização. No final da obra,
Tarzan renuncia a seu amor e título e retorna para a África, por achar que seu
primo poderia dar a Jane uma vida melhor.
Foi só no romance seguinte – O Retorno de Tarzan – que o herói
passou a viver com Jane.
A origem de Tarzan é totalmente inverossímil, mas é
justamente em algumas de suas inverossimilhanças é que percebemos uma mensagem
de teor neocolonialista, sem falar numa pitada de racismo: Tarzan é filho de
ingleses, mas mesmo órfão e privado do contato com outros seres humanos,
consegue provar a suposta “superioridade” do homem branco ao superar os grandes
macacos em inteligência, a ponto de se tornar o líder deles (após matar Kerchak
numa luta), e os igualar em força física (o que o torna mais forte que qualquer
ser humano, inclusive os negros das tribos próximas ao seu lar).
No primeiro romance escrito por Burrroughs, Tarzan consegue até aprender a ler
e escrever sozinho: ao encontrar a cabana onde os pais biológicos viviam,
descobre alguns livros no antigo escritório do pai e começa a tentar decifrar
os textos e pratica exercícios de caligrafia. Ou seja, a história de Tarzan
reflete uma visão de mundo marcada pelo determinismo biológico (o que está
intimamente ligado ao darwinismo social): seriam os genes, a ascendência, é que
determinariam o sucesso e não o meio social.
No Brasil
No Brasil, a primeira publicação do herói deu-se a partir do
número 31 do Suplemento Juvenil, em 10 de Outubro de 1934, com Tarzan, O Filho
das Selvas, a história desenhada por Harold Foster cinco anos antes. Com o
sucesso, as tiras foram reunidas no álbum “A Primeira Aventura de Tarzan em Quadrinhos”,
relançado em 1975 pela EBAL. Em seguida o Suplemento Juvenil passou a publicar
A Volta de Tarzan e depois histórias de Rex Maxon e Burne Hogarth. O primeiro
número da revista dedicada exclusivamente ao herói data de julho de 1951 e
trazia uma foto de Lex Barker na capa. A revista seria a mais duradoura da
história da EBAL, tendo sido editada, de várias formas em cores, em preto e
branco, formatinho, formato americano, tamanho padrão, mensal, bimestral etc.,
até 1989.
Tarzan – 1ª Série de 1954 a 1959 (com 100 edições); Tarzan
– 2ª Série de 1959 a1965 (com 100 edições); Tarzan – 3ª Série de 1965 a
1974 (com 100 edições); Tarzan – 4ª Série de 1974 a 1977 (com 38 edições); Tarzan
– 5ª Série de 1977 a 1980 (com 36 edições); A 12ª série de Tarzan
iniciou-se em Out/84, ficou interrompida de Jan a Dez/88,retornando em Jan/89 e
encerrando em Fev/89 no nº 35.
A Coleção Lança de Prata seguiu a numeração da revista mas
com numeração própria (nº14= 1ºlivro ao nº23=10ºlivro).Tarzan – 12ª Série de
1984 a 1989 (com 35 edições) Tarzan (Edição Super T) – 3ª Série de 1980 a 1981
(com 12 edições); Tarzan (Em Cores) – 1ª Série de 1969 a 1971 (com 13 edições);
Tarzan (Em Cores) – 2ª Série de 1972 a 1976 (com 42 edições); Trata-se, na
verdade, da revista “Tarzan em cores” em formato reduzido. Tarzan (Em
Formatinho) – 1ª Série Ebal Edgar Rice Burroughs, Inc 1976-1983 81
A EBAL lançou também diversas edições especiais:
• 1973 – Tarzan, O Filho das Selvas, o livro quadrinizado por Burne Hogarth em 1972
• 1974 – Coleção Tarzan em dois volumes (A Origem de Tarzan e A Volta de
Tarzan), ilustrados por Joe Kubert
• 1975 – Tarzan, de Harold Foster, a primeira história com o herói
• 1975 – Coleção Tarzan/Russ Manning, em cinco volumes, com as páginas dominicais
de 1968 a 1972
• 1976 – Edição Gloriosa em dois volumes (O Mundo que o Tempo Esqueceu e O Poço
do Tempo), ilustrados por Russ Manning
• 1978 – O Livro da Selva, adaptação do romance O Tesouro de Tarzan em três
volumes, com ilustrações de John Buscema e roteiro de Roy Thomas
• 1980 – O Massacre dos Inocentes, com ilustrações do artista espanhol Jaime
Brocal Remohi
• 1980 – O Lago da Vida, com ilustrações de José Ortiz
Além de títulos próprios, Tarzan participou de crossovers com o Batman
(publicado pela Mythos Editora) e Superman (publicado pela Pandora Books).
A Editora Abril publicou histórias baseados no filme animado da Disney.
Entre 2002 e 2003, tiras de Russ Manning foram publicadas nas edições #1 e #2
da revista Stripmania da Opera Graphica.
Em maio de 2010, a Devir Livraria anuncia o lançamento da versão traduzida de
Joe Kubert, englobando em um único volume do número 207 ao 214, com introdução
do próprio autor. Em 2011, a Devir Livraria lança o segundo volume: A volta do
Rei das Selvas e outras histórias.
Quadrinhos e o Neocolonialismo
As histórias em quadrinhos ajudaram a popularizar uma visão
estereotipada e fantasiosa da África e da Ásia. Entre essas histórias, merecem
destaque as aventuras dos heróis Tarzan, Mandrake, Fantasma, Jim das Selvas e
Pantera Negra. Os três primeiros foram criados quando a Grã-Bretanha ainda
possuía um império colonial, o último quando vários países africanos e
asiáticos já haviam se declarado independentes.
Tais histórias em quadrinhos refletiriam qual visão: a dos colonizadores e
exploradores europeus e norte-americanos ou a dos povos nativos da África e da
Ásia? Podemos dizer que Tarzan seria um agente a serviço do neocolonialismo?
Haveria ainda nesses quadrinhos mensagens racistas? Vale a pena revisar o
conceito de neocolonialismo.
Neocolonialismo
Em fins do século XIX, as potências européias começaram a
reivindicar e conquistar terras na África e na Ásia. Neocolonialismo foi o nome
dado ao conjunto de políticas expansionistas e imperialistas praticadas pelas
potências européias nos continentes africano e asiático a partir da década de
1880. O prefixo “neo” que significa “novo” é para distinguir essas políticas do
“velho colonialismo”, aquele iniciado no século XVI, como consequência das
Grandes Navegações, das quais Portugal e Espanha foram as potências pioneiras.
Para justificar a dominação européia na África e na Ásia, os europeus recorriam
a argumentos científicos. O problema é que o discurso dominante na ciência do
século XIX estava contaminado pelo racismo, dois exemplos disso são o
“darwinismo social”, uma interpretação equivocada e distorcida da teoria
formulada pelo naturalista inglês Charles Darwin. Assim, segundo a visão
racista da época, brancos europeus eram “superiores” ou “mais evoluídos” que os
“negros” africanos. Ainda dentro dessa visão racista, a “raça amarela”, da qual
fariam parte chineses, japoneses, coreanos e outros povos asiáticos seria
também “superior” aos negros, mas ainda “inferior” aos brancos.
O Neocolonialismo teve início numa época em que muitos achavam que a “era dos
impérios” havia terminado, pois com os processos de independência política dos
países americanos, as potências colonialistas européias acabaram perdendo
colônias que possuíam neste continente. Ledo engano, os avanços tecnológicos
trazidos pelas duas primeiras revoluções industriais (das quais a Grã-Bretanha
foi pioneira, o que permitiu que o Império Britânico se tornasse o maior de sua
época) e a busca por mercados e matérias-primas para os produtos
industrializados ampliaram a presença européia nos continentes africano e
asiático.
Exemplo disso é que nas primeiras décadas do século XIX, a presença européia na
África limitava-se a algumas possessões nas áreas costeiras, mas no fim do
mesmo século, quase todo o continente africano estava sob domínio de nações
européias. A disputa por possessões no continente africano chegou a tal ponto
que, em 1885, foi realizada a Conferência de Berlim, na Alemanha, durante a
qual foi realizada a partilha da África, ou seja, foram demarcadas fronteiras
para decidir quais “pedaços” da África teria por “direito” cada potência
européia.
Alemanha e Estados Unidos
Vale lembrar que Grã-Bretanha e França, as duas maiores
potências coloniais, ganharam um concorrente de peso em fins do século XIX: a
Alemanha, cuja unificação foi completada em 1871, após uma guerra contra a
rival França. A Alemanha entrou tardiamente na corrida colonial, mas logo
passou a ter o segundo maior parque industrial da Europa, perdendo apenas para
o da Grã-Betanha. A rivalidade entre as potências colonialistas transformaria a
Europa num “barril de pólvora”, cujo “pavio” seria aceso em 1914, quando teve
início a Primeira Guerra Mundial.
A política neocolonialista não era exclusiva dos países europeus. Dois países
não-europeus também adotariam práticas expansionistas: os Estados Unidos e o
Japão. Se no início os Estados Unidos eram banhados apenas pelo Atlântico, após
a expansão em direção ao oeste, com a anexação de territórios que antes
pertenciam aos indígenas e ao México, também passariam a serem banhados pelo
Pacífico, o que levaria à busca por territórios e mercados nesse oceano e à
ampliação tanto da marinha de guerra quanto da marinha mercante.
Dentro do contexto do neocolonialismo, expedições de cunho científico (mas
atendendo aos interesses políticos das potências colonialistas) foram
realizadas na África e na Ásia, com a participação de estudiosos de diferentes
áreas como arqueologia, etnologia, antropologia, geologia, zoologia e botânica
entre outras. A África e a Ásia despertavam a curiosidade de europeus e
norte-americanos e também serviam de inspiração para a imaginação de escritores
de ficção, não apenas de contos e romances, mas também de uma nova mídia
surgida com a massificação da imprensa em fins do século XIX e nas primeiras décadas
do século XX: as histórias em quadrinhos.
Filmes
Cartaz do seriado As Aventuras de Tarzan, 1921.
• O primeiro Tarzan do cinema foi Elmo Lincoln, no filme
Tarzan, O Homem Macaco ou Tarzan dos Macacos (Tarzan Of The Apes), de 1919.
Lincoln também estrelou o filme seguinte, O Romance de Tarzan ou Os Amores de
Tarzan (Romance of Tarzan, 1918) e o seriado As Aventuras de Tarzan (The
Adventures of Tarzan, 1921, quinze episódios).
Tarzan of the Apes
• Na era muda foram produzidos quatro filmes e quatro seriados com o herói;
além de Lincoln, ele foi interpretado, entre outros, por Gene Pollar e James H.
Pierce.
• O primeiro Tarzan do cinema sonoro foi também o mais famoso:
o nadador estadunidense Johnny Weissmuller, que encarnou o herói em doze fitas,
primeiro na MGM, depois na RKO. O refinado lorde dos livros foi transformado
por Weissmuller em um selvagem que conseguia apenas grunhir e emitir frases
monossilábicas, do tipo “me Tarzan, you Jane” (que ele, a bem da verdade, nunca
disse. O que ele disse no filme Tarzan, O Filho das Selvas/Tarzan The Ape Man
foi, simplesmente “Tarzan… Jane”, apontando para si mesmo e depois para Jane
Porter).
• Weissmuller é responsável por emitir, pela primeira vez, o famoso grito de
vitória de Tarzan. Esse grito, que seria reproduzido por todos os Tarzans
subsequentes, não passava de uma hábil mixagem dos sons de um barítono, uma
soprano e de cães treinados.
• Devido à censura da época, os trajes de Weissmuller e, principalmente, de
O’Sullivan foram aumentando de tamanho de filme para filme; a censura também é
responsável pela ausência de filhos da dupla, que não era legalmente casada:
Boy (vivido por Johnny Sheffield), introduzido em O Filho de Tarzan (Tarzan
Finds a Son!, 1939) não era filho do casal e, sim, adotado, conforme mostra o
título original. Nos livros, no entanto, Tarzan e Jane são pais do menino
Korak, que chega à idade adulta nos romances finais.
• Depois de atuar em Tarzan e a Caçadora (Tarzan and the Huntress, 1947),
Johnny Sheffield disse adeus ao papel de Boy, porque já estava com dezesseis
anos. Ele foi para a Monogram e fez os doze filmes da série Bomba, o Filho das
Selvas/Bomba The Jungle Boy, entre 1949 e 1955.
• Quando já não possuía o físico necessário para viver o herói, Weissmuller
estrelou a série Jim das Selvas/Jungle Jim para a Columbia. Foram dezesseis
filmes entre 1948 e 1955. Nesse ano, o herói foi para a televisão, onde foram
feitos vinte e seis episódios de meia hora cada, com um Weissmuller já gordo e
envelhecido.
• Outros Tarzans que ficaram famosos foram Lex Barker, que substituiu
Weissmuller a partir de 1948 e Gordon Scott, que é considerado por alguns
críticos como o ator que melhor interpretou o herói. Já Mike Henry é visto como
o mais parecido com os desenhos de Burne Hogarth.
• Na televisão, Tarzan foi vivido por Ron Ely, em uma cultuada série que teve
cinquenta e sete episódios entre 1966 e 1968. Alguns episódios duplos foram
fundidos e exibidos nos cinemas.
• Das atrizes que interpretaram Jane, a única lembrada é Maureen
O’Sullivan, que fez os seis primeiros filmes da série com Johnny
Weissmuller e depois saiu porque não queria ficar presa à personagem. Jane não
aparece em todos os filmes de Tarzan.
Filmografia de Tarzan
Todos os títulos em Português referem-se a exibições no
Brasil.
• Tarzan, O Homem Macaco (Tarzan of the Apes, 1918,
National); Elmo Lincoln (Tarzan) e Enid Markey (Jane)
• O Romance de Tarzan (Romance of Tarzan, 1918, National); idem
• A Vingança de Tarzan (The Revenge of Tarzan/ The Return of Tarzan, 1920,
Goldwyn); Gene Pollar e Karla Schramm
• O Filho de Tarzan (The Son of Tarzan, 1920, National); P. Dempsey Tabler e
Karla Schramm; seriado em quinze episódios
• As Aventuras de Tarzan (Adventures of Tarzan, 1921, Western); Elmo Lincoln e
Louise Lorraine; seriado em quinze episódios
• Tarzan e o Leão de Ouro (Tarzan and the Golden Lion, 1927, FBO); James H.
Pierce e Dorothy Dunbar
• Tarzan, O Poderoso (Tarzan The Mighty, 1929, Universal); Frank Merrill e
Natalie Kingston; seriado em quinze episódios
• Tarzan, O Tigre (Tarzan The Tiger, 1929, Universal); Frank Merrill e Natalie
Kingston; seriado em quinze episódios
• Tarzan, O Filho das Selvas (Tarzan the Ape Man, 1932, MGM); Johnny
Weissmuller e Maureen O’Sullivan
• Tarzan, O Destemido (Tarzan The Fearless, 1933, Principal); Buster Crabbe e
Jacqueline Wells (mais tarde Julie Bishop)
• A Companheira de Tarzan (Tarzan and His Mate, 1934, MGM); Johnny Weissmuller
e Maureen O’Sullivan; geralmente considerado o melhor da série
• As Novas Aventuras de Tarzan (The New Adventures of Tarzan, 1935,
Burroughs-Tarzan); Herman Brix; seriado em quinze episódios, produzido pelo
próprio Edgar Rice Burroughs
• A Fuga de Tarzan (Tarzan Escapes, 1936, MGM); Johnny Weissmuller e Maureen
O’Sullivan
• A Vingança de Tarzan (Tarzan’s Revenge, 1938, Fox); Glenn Morris e Eleanor
Holm; único trabalho de Morris no cinema: terminado o filme, ele voltou para
sua profissão original: bombeiro
• O Filho de Tarzan (Tarzan Finds a Son!, 1939, MGM); Johnny Weissmuller,
Maureen O’Sullivan e Johnny Sheffield (Boy)
• O Tesouro de Tarzan (Tarzan’s Secret Treasure, 1941, MGM); idem
• Tarzan Contra o Mundo (Tarzan’s New York Adventure, 1942, MGM); idem
• O Triunfo de Tarzan (Tarzan Triumphs, 1943, RKO); Johnny Weissmuller e Johnny
Sheffield
• Tarzan e o Terror do Deserto (Tarzan’s Desert Mystery, 1943, RKO); idem
• Tarzan e as Amazonas (Tarzan and the Amazons, 1945, RKO); Johnny Weissmuller,
Brenda Joyce e Johnny Sheffield
• Tarzan e a Mulher Leopardo (Tarzan and the Leopard Woman, 1946, RKO); idem
• Tarzan e a Caçadora (Tarzan and the Huntress, 1947, RKO); idem
• Tarzan e as Sereias (Tarzan and the Mermaids, 1948, RKO); Johnny Weissmuller
e Brenda Joyce
• Tarzan e a Fonte Mágica (Tarzan’s Magic Fountain, 1949, RKO); Lex Barker e
Brenda Joyce
• Tarzan e a Escrava (Tarzan and the Slave Girl, 1950, RKO); Lex Barker e
Vanessa Brown
• Tarzan em Perigo/Tarzan na Terra Selvagem (Tarzan’s Peril, 1951, RKO); Lex
Barker e Virginia Huston
• Tarzan e a Fúria Selvagem (Tarzan’s Savage Fury, 1952, RKO); Lex Barker e
Dorothy Hart
• Tarzan e a Mulher Diabo (Tarzan and the She-Devil, 1953, RKO); Lex Barker e
Joyce MacKenzie
• Tarzan na Selva Misteriosa (Tarzan’s Hidden Jungle, 1955, RKO); Gordon Scott
• Tarzan e a Expedição Perdida (Tarzan and the Lost Safari, 1957, MGM); idem
• A Luta de Tarzan (Tarzan’s Fight for Life, 1958, MGM); Gordon Scott e Eve
Brent
• Tarzan e os Caçadores (Tarzan and the Trappers, 1958, TV); idem; três episódios
feitos para a TV, editados como longa-metragem exibido também nos cinemas
• A Maior Aventura de Tarzan (Tarzan’s Greatest Adventure, 1959, Paramount);
Gordon Scott
• Tarzan, O Filho das Selvas (Tarzan, the Ape Man, 1959, MGM); Dennis Miller e
Joanna Barnes; o primeiro Tarzan louro do cinema é considerado o pior de todos
os tempos
• Tarzan, O Magnífico (Tarzan The Magnificent, 1960, Paramount); Gordon Scott
• Tarzan Vai à Índia (Tarzan Goes to India, 1962, MGM); Jock Mahoney
• Os Três Desafios de Tarzan (Tarzan’s Three Challenges, 1963, MGM); idem
• Tarzan e o Vale do Ouro (Tarzan and the Valley of Gold, 1966, American
International); Mike Henry
• Tarzan e o Grande Rio (Tarzan and the Great River, 1967, Paramount); idem;
filmado no Brasil
• Tarzan e o Menino das Selvas (Tarzan and the Jungle Boy, 1968, Paramount);
idem; também filmado no Brasil
• Tarzan and the Four O’Clock Army (1968, National); Ron Ely; episódio duplo
“Four O’Clock Army”, da segunda temporada da série de TV, lançado nos cinemas
• A Revolta de Tarzan (Tarzan’s Jungle Rebellion, 1970, National); idem;
episódio duplo “The Blue Stone of Heaven”, da segunda temporada, lançado nos
cinemas
• O Silêncio de Tarzan (Tarzan’s Deadly Silence, 1970, National); idem;
episódio duplo “The Deadly Silence”, da primeira temporada, lançado nos cinemas
• Tarzan and the Perils of Charity Jones (1971, National); idem; episódio duplo
“The Perils of Charity Jones”, da primeira temporada, lançado nos cinemas
• Tarzan, O Filho das Selvas (Tarzan, the Ape Man 1981, MGM); Miles O’Keeffe e
Bo Derek; considerado pela crítica como um dos piores filmes de todos os tempos
• Greystoke, A Lenda de Tarzan, O Rei da Selva (Greystoke: The Legend of
Tarzan, Lord of the Apes, 1984, Warner); Christopher Lambert e Andie MacDowell
• Tarzan and the Lost City, 1998, Warner; Casper Van Dien e Jane March.
Em março de 2004, foram comemorados 70 anos do filme de
Tarzan que teve os maiores aplausos de público e crítica: Tarzan and his Mate,
com Johnny Weissmuller no papel título e Maureen O’Sullivan como Jane. O filme
foi realizado pela Metro Goldwyn Mayer.
Desenhos Animados
Os estúdios Filmation produziram, entre 1976 e 1982, a série
animada Tarzan, Lord of the Jungle, considerada bastante fiel à obra de
Burroughs – bem mais que muitos dos filmes realizados até então. Um exemplo é a
presença, no desenho da Filmation, do macaquinho N’kima como mascote de Tarzan,
em vez da chimpanzé Cheetah, que só existia nos cinemas. Este desenho
foi exibido no Brasil pelo canal SBT nas tardes dos anos 1980, voltando a
ser exibido recentemente nos sábados, pela manhã. Em 1999, os estúdios Disney produziram um desenho em longa-metragem, Tarzan.
Nele, alguns fatos tiveram que ser alterados em relação à obra de Burroughs.
Por exemplo, no original o pai de Tarzan era assassinado por Kerchak, líder dos
“Grandes Macacos”, uma raça fictícia de primatas criada por Edgar Rice
Burroughs, que adota o pequeno Lord Greystoke. No desenho da Disney, isto foi
mudado e o pai de Tarzan passou a ser morto por um leopardo. Kerchak ao invés
de “Grande Macaco”, é um gorila, e é o pai adotivo de Tarzan.
Entretanto, graças à liberdade dada pela animação, este foi o primeiro filme a
apresentar o personagem do mesmo modo que Burroughs o havia escrito: um homem
que utiliza os movimentos de gorilas, leopardos, serpentes e diversos outros
animais.
“Você mataria um ator que tentasse fazer as coisas que nosso
Tarzan animado faz?” pergunta o supervisor de animação Glen Keane. “Esse é um
personagem que só poderia ser realizado do modo que Burroughs o imaginou, em
animação”. Além disso, é o primeiro filme a representar de modo realista a
relação de Tarzan e sua família de macacos.
Entre 2001 e 2003 foi produzida, também pelos estúdios Disney, a série animada
A Lenda de Tarzan (The Legend of Tarzan), com os personagens do longa de
animação e a mesma ambientação deste.
Mapa do "Crescente Fértil", com a Mesopotâmia a leste (direita), com índice de chuvas na região.
Para aprofundarmos um pouco o que vimos em sala de aula, utilizaremos hoje as pesquisas da professora Historiadora Valéria Pereira. Este texto trara novas informações a respeito da vida cotidiana e da vestimenta na Mesopotâmia.
Parece
que o Paraíso Terrestre ficava em algum lugar na Mesopotâmia, se
acreditarmos em algumas fontes bíblicas, os mais antigos registros do
imaginário ocidental. Durante muito tempo a história preocupou-se mais
em apresentar as criações dos poetas, filósofos, legisladores,
conquistadores e líderes políticos. A base da pirâmide social, a gente
do povo, aqueles que devem ganhar a vida através do trabalho duro, foram
durante muito tempo ignorados.
Antigos carros de guerra representados no Estandarte de Ur, ca. 2.500 a.C.
Durante
muito tempo, esta base da pirâmide foi constituída pelos camponeses que
se dedicavam à agricultura e à criação de animais, trabalhando de sol a
sol. E assim era na Mesopotâmia; viviam em casas simples e modestas,
com mobiliário e indumentária escassos. Os trajes identificavam as
diferenças sociais, pois tratava-se já de uma sociedade bastante
diversificada e hierarquizada - as roupas também eram símbolos de poder e
riqueza, diferenciando as camadas sociais.
Painéis
da "Paz" acima e "Guerra", abaixo, Estandarte Real de Ur, em conchas,
calcário, lápis-lázuli e betume, ca. 2.600 a.C., British Museum.
Mesopotâmia significa, em
grego, "país entre rios", ou seja, os rios Tigre e Eufrates que banham
seu território, local de surgimento de várias civilizações e dos
primeiros grandes impérios (a própria idéia de império surge na Acádia,
com Sargão I).
Fragmento
da estela da vitória do rei Eannatum, de Lagash, sobre Umma, conhecida
como "Estela dos Abutres". Cálcario, ca. de 2.450 a.C., período sumério
arcaico. Encontrada em 1881 em Girsu (hoje Tello, Iraque),
Mesopotâmia, por Edouard de Sarzec.
A civilização Sumérica e
Acádica constituiu a base sobre a qual se assentaram várias civilizações
posteriores, que se sucederam no tempo. Aqui nasceram a escritura, as
primeiras escolas, a literatura, a medicina, o desenvolvimento das artes
- este é o legado das primeiras civilizações oriundas da agricultura
irrigada de cereais, cujo impulso inicial foi a Revolução Agrícola do
Neolítico.
Tabuleta do rei Ur-Niná de Lagash, 2494-65 a.C., Museu do Louvre.
Intendente Ebih-Il, ca. 2300 a.C, de frente e perfil, Museu do Louvre.
A indumentária na Mesopotâmia
Mesopotâmia: região situada entre os rios Eufrates e Tigre, onde se desenvolveram várias culturas no IV milênio a.C.
Principais civilizações na Mesopotâmia: Suméria, Assíria, Babilônia.
Mesopotâmia: clima quente e solo fértil. Considerada o berço das civilizações.
- Invenção da escrita cuneiforme pelos sumérios em 3.500 a.C.
Indumentária na Suméria:
Saiote de pele com pêlo animal (kaunakés). Característica: tufos de lã visíveis externamente na peça.
Conhecimento da tecelagem.
Indumentária: características ainda primitivas.
Base
das roupas: pele animal ou tecido artesanal. Os tufos acabam se
deslocando para as extremidades, transformando-se em franjas (servindo
como adorno e acabamento para o tecido).
HOMENS: kaunakés mais curtos (às vezes até a panturrilha), algumas vezes com o torso nu. MULHERES: trajes longos cobrindo o colo.
Os trajes que cobriam todo o corpo de ambos os sexos eram às vezes enrolados em todo o corpo. Mais tarde, estes trajes foram substituídos por uma túnica com mangas.
Tecidos mais usados: algodão (produzido na Mesopotâmia ou importado da Índia), lã e linho e, mais tarde, acesso à seda, vinda da China.
A suntuosidade das roupas e acessórios indica a posição de prestígio social de quem as usa.
O iorubá ou ioruba (Èdè Yorùbá, "idioma iorubá") é um idioma da família linguística nigero-congolesa, e é falado ao sul do Saara, na África, dentro de um contínuo cultural-linguístico, por 22 milhões a 30 milhões de falantes.
A língua iorubá vem sido falada pelo povo iorubás há muitos séculos. Ao lado de outros idiomas, é falado na parte oeste da África, principalmente na Nigéria, Benim, Togo e Serra Leoa.
No continente americano, o iorubá também é falado, sobretudo em ritos religiosos, como os ritos afro-brasileiros, onde é chamado de nagô, e os ritos afro-cubanosde Cuba (e em menor escala, em certas partes dos Estados Unidos entre pessoas de origem cubana), onde é conhecido também por lucumí).
Acompanhe abaixo um pouco do iorubá traduzido para o português:
BA MI O----------------------------ME AJUDE
BÁ MI SÉ É------------------------ME AJUDE
BABÁ KEKERÊ------------------PAI PEQUENO
BABALAWÔ----------------------SACERDOTE DE IFÁ
BABÁLORISÁ--------------------PAI DE ORISÁ
BABÁ-------------------------------PAI
BACULANDÊ---------------------SEXO(ATO)
BÀDÁ-------------------------------VESTE AFRICANA(EBOMIS)
BAGÉ-------------------------------MESTRUAÇÃO
BAKO-------------------------------SEXO(ATO)
BALÉ/BALÍ------------------------CEMITÉRIO
BAMIRÊ----------------------------CONVITE P/ CAFÉ(LANCHE)
BAMIREDÍ-------------------------AGRADECIMENTO
BANTÉ-----------------------------APETRECHO DA ROUPA DE XANGO
BARÁ-------------------------------EXÚ
BÊNI---------------------------------SIM/ESTÁ CERTO
BERO LÓ--------------------------DANE-SE
BIY-----------------------------------NASCER/NASCIDO
BONOTÓI-------------------------SILÊNCIO/CALE-SE
BORÍ--------------------------------COMIDA À CABEÇA
BUBURU---------------------------MAU
CANIKÊ------------------------------PÃO DURO/MÃO DE VACA
CÊLÉ----------------------------------LOUCO
CHAINAN----------------------------FÓSFORO
CHERRIN----------------------------O MESMO QUE DAMINOJÚ
COLORY-----------------------------PERTUBADO/LOUCO
DAMINOJU--------------------------VENHA AQUI
DÀRA---------------------------------BOM
DEBURU-----------------------------PIPOCA
DEKÁ----------------------------------TRANSMISSÃO DE DIREITOS
DEVÓL--------------------------------LENÇOL
DICISA--------------------------------ESTEIRA
DIDÊ-----------------------------------FICAR DE PÉ
DILONGA----------------------------CANECA DE ÀGATA
DILONGÁ----------------------------PRATO DE ÀGATA
DOBALÊ------------------------------REFERÊNCIA DE ORISA MASC.
DUNDUN-----------------------------PRETO/SUJO/ESCURO
FATOLU--------------------------------FALSO/TRAIDOR
FIBÔ--------------------------------------ESCONDER
FILÁ-------------------------------------GORRO DE CABEÇA
FUÁ--------------------------------------DANÇA
FUNDANGA---------------------------POLVORA
FUNFUN--------------------------------BRANCO/CLARO/LIMPO
FURÁ------------------------------------BOLINHO DE FAR. DE MILHO
FUXICO---------------------------------FOFOCA/SEGREDO
IGBÁ------------------------------------------SAUDAÇÃO/EU TE SAUDO
IBIPÂMIO---------------------------------FOME
IDÃ-----------------------------------------COBRA
IDÉ----------------------------------------PULSEIRA
IDÓ---------------------------------------BANHEIRO
IFÉ-----------------------------------------AMOR
IGBÁ----------------------------------------ASSENTAMENTO DO ORISÁ
IGBÍ---------------------------------------CARACOL
IGBÔ---------------------------------------BOSQUE SAGRADO
IGÉ-----------------------------------------ÁRVORE
IGÔ---------------------------------------DIA
IGUI-----------------------------------------PORQUINHO DA INDIA
IJÔ-------------------------------------------DANÇA
IKAN----------------------------------------CONTREGUN
IKÁ----------------------------------------REFÊRENCIA DE ORIXÁ FEM.
IKOKO-------------------------------------PANELA
IKU------------------------------------------MORTE
IKUN----------------------------------------RATO
ILÁ---------------------------------------GRITO DO ORISA
ILE KUN----------------------------------PORTA
ILÊ-AJEUN---------------------------------COZINHA
ILÊ----------------------------------------CASA
ILÉKÉ---------------------------------------FIO DE CONTAS
ILÉ---------------------------------------POMBO
ILE----------------------------------------TERRA
ILU------------------------------------------CIDADE
INÃ---------------------------------------FOGO
INDACA------------------------------------LÍNGUA
INHA-------------------------------------FIO DE CONTA
INSSABA----------------------------------FOLHA
INTABA DUNGIRO-------------------MACONHA
INTABA----------------------------------CIGARRO
IÓ-----------------------------------------SAL
IPAKÓ--------------------------------------NUCA
IRAÊ----------------------------------------ESTRELA
IRILÉ------------------------------------POMBO
ISU------------------------------------------INHAME
ITÁ-------------------------------------------ATO DE FAZER O CARREGO DO IYAWÔ
IYÁ KEKERÊ------------------------------MÃE PEQUENA
IYALODÊ----------------------------------SENHORA DAMA
IYÁLORISÁ-------------------------------MÃE DE ORISÁ
ÌYÁ------------------------------------------MÃE
IYAWO-------------------------------------INICIADO NO CULTO COM MENOS DE SETE ANOS
IZALA--------------------------------------FOME
IZO---------------------------------------FOGO
JÉ--------------------------------------------COMER
JOKÔ---------------------------------------SENTAR/AJOELHAR
JUNTÓ-------------------------------------SEGUNDO STO. DO ORI
JUREMA-----------------------------------BEBIDA DE CABOCLO
KAFTÁ-------------------------------------VESTE AFRICANA(EBOMIS)
KALÓ--------------------------------------BANHO NO EFON
KAROKÊ MIM---------------------------SIM PODE ENTRAR
KAROKÊ----------------------------------POSSO ENTRAR
KAWÔ KABIECILÊ---------------------VENHA VER O REI DESCER SOBRE A TERRA
KELÊ---------------------------------------GRAVATA DO INICIADO
KETE KETE------------------------------BURRO
KILEUI------------------------------------O QUE É ISSO
KILORI------------------------------------O QUE HÁ NA CABEÇA
KILOXÉ-----------------------------------O QUE QUER
KIYWSI------------------------------------ATENÇÃO
KUFAR------------------------------------MORRER
PADÊ------------------------------------COMIDA DE ESÚ
PALEÓ----------------------------------BANHO
PAÓ--------------------------------------PALMAS RITMICAS
PEPEYÉ---------------------------------PATO
PEREGUN------------------------------EWÉ LA OGUN
PETITI-----------------------------------PEQUENO
POJU-------------------------------------MAIS
POMBO-GIRA-------------------------EXÚ FÊMEA
SABAGI--------------------------------QUARTO QUE ANTECEDE O RNCÓ
SAKOTO-------------------------------ORGULHOSO
SÁORO---------------------------------GUIZO P/ OS PÉS
SIBÍ--------------------------------------COLHER
SIRRUN--------------------------------ATO FUNEBRE(TOMAR O OSU E DESPACHAR O SANTO)
SOKOTÓ-------------------------------CUECA/CALÇA/CALCINHA
TÁBULÁ NO EFON----------------DANE-SE
TATETO------------------------------TÍTULO DE ANGOLA
TÔLORÔ-----------------------------AMASSAR QUINAR
TÔTÔ FUN---------------------------PUTA QUE PARIL
TUTU----------------------------------FRESCA
ADÊ--------------------------------CORÔA USADA PELAS IYABÁS
ABÉBÉ-----------------------------LEQUE USADO PELAS IYABÁS
ALFANGE------------------------ESPADA USADA PELAS IYABÁS
ADAGA---------------------------ESPADA USADA POR ABORÓS(ESPADA DE PEQUENO PORTE)
ERUKÊRÊ------------------------ABANO DE OXOSSI E LOGUN
IBIRIN-----------------------------INTUMENTO DE NANÃ
ERUESIN-------------------------RABO DE CAVALO USADO POR OYA
OFÁ--------------------------------ARCO E FLEXA(INSTRUMENTO DE CAÇA)
OS É--------------------------------MACHADO DE DOIS GUMES DE S ANGO
OGUÉ-----------------------------CHIFRES
OGÓ-------------------------------BASTÃO DE EXÚ COM FORMATO DE PÊNIS
OBÉ FARÁ-----------------------TRIDENTE DE EXÚ
OPÁ S ORÔ-----------------------CAJADO ONDE OS ÀLÚFON SE APOIA
S AS ARÁ--------------------------BASTÃO DE OMOLU(É A EXPANÇÃO E A CURA DAS DOENÇAS)
BUZIO (CAURI)-----------------------------CONCHA AFRICANA
CHORÃO-------------------------FIO DE CONTAS QUE SE USA NA FRENTE DO ADÊ
ES Í LOKUM------------------------CAVALO MARINHO