30/05/2013

Revolução Francesa - A moda no Antigo Regime



No Antigo Regime, nem todo mundo podia vestir o que quisesse. O motivo não era apenas o alto preço dos trajes, mas também as regras sociais que impediam o uso de determinadas peças.
A França se consolidou como potência do comércio de moda no reinado de Luís XIV (1638-1715). O ministro Jean-Baptiste Colbert (1619-1683) chegou a criar uma indústria de rendas finas, o que levou o rei a decretar que só essas rendas poderiam ser usadas no país.


Em 1789 a Revolução Francesa produziu uma profunda mudança na estática da moda, e o material favorito mudou da seda ao puro algodão.

 

Mas a Revolução Francesa rompeu com a ostentação da corte.Motivados pelo ideal de que todos os homens são iguais, os franceses aprovaram um decreto em 1793 declarando que: 
"nenhuma pessoa de qualquer sexo poderá constranger nenhum cidadão a se vestir de uma maneira específica sob pena de ser considerada e tratada como suspeita e perseguida como perturbadora da ordem pública: cada pessoa é livre para vestir-se de acordo com seu sexo como lhe convém”.
A revolução francesa foi um marco importante dentro da história da moda, a maneira e vestir do Antigo Regime foi abandonada. Os casacos bordados, os vestidos brocados, as perucas e os cabelos empoados desapareceram, o estilo da corte francesa foi extinto e no seu lugar entrou o estilo inglês do campo definitivamente.Assim os homens passaram à usar um casaco de caça comprido, botas ao invés de sapatos e coletes justos, os colarinhos eram altos e os lenços do pescoço volumosos.



As roupas femininas mudaram completamente, forma abandonadas as anquinhas e os espartilhos, os tecido deixaram de ser extravagantes.Tudo agora era muito leve em cores pastéis ou branco, a cintura era alta, abaixo dos seios e os sapatos forma substituídos pelas sapatilhas sem salto. Os cabelos foram simplificados e o único adereço mais extravagante era uma pluma de avestruz. Todo o homem novo, não seria ‘novo’ se não portasse: As cores da bandeira, os modelos sans-cullotes (pobres, artesãos, a frente de batalhas, eles impõem as calças compridas, pantalonas, diferentes das que são usadas agora) .Tinha de ser portada de qualquer jeito, no colete, no chapéu, no casaco. Os moderados e os aristocratas eram identificados por sua recusa em usar a roseta. A partir de 1792, o barrete vermelho, o casaco estreito com várias filas de botões e as calças largas passam a definir o sans-culotte, isto é, o verdadeiro republicano.

Culotte era peça uma de roupa da aristocracia e classe alta do século XVIII.  Inicialmente a expressão sans cullotes era usada de maneira pejorativa, era aplicada aos que não tinha condições de comprar meias de seda e calções e por isso tinham que usar calça, porém posteriormente a expressão ganhou um sentido positivo. Uma peça de roupa passou a representar o movimento.



 
Em 1793, a liberdade do vestuário, onde ninguém mais poderia ser obrigado a ser vestir como era mandado foi aderida.

Apesar da Revolução, a França continuou sendo referência mundial na moda. A novidade é que as roupas passaram a ser inspiradas na Antiguidade Clássica. Os vestidos desciam lânguidos, sem armações, imitando a forma das estátuas gregas. A cintura subia até abaixo dos seios. Os tecidos eram leves e transparentes, e de preferência brancos, em um primeiro momento. Os cabelos perderam o volume e passaram a ser baixos e cacheados ou presos em coque.
 
 


As mulheres
  • Nos primeiros anos da revolução a participação feminina foi aceita e até mesmo incentivada;
  • Muitas fundaram clubes políticos e encabeçaram protestos e ações armadas;
  • Marie Gouze escreveu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã: manifesto reivindicando a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
  • Lei do divórcio: reconheceu a igualdade no casamento;
  • Algumas proibições começaram a acontecer e passaram a ser repressões;
  • Durante o período do terror, todas as associações de mulheres foram  fechadas  e muitas ativistas guilhotinadas;
  • Por muito tempo, as mulheres francesas não puderam ocupar funções públicas, e o direito ao voto só foi aprovado em 1945;
  • Os homens franceses acreditavam que, se as mulheres assumissem funções ou cargos públicos, elas não seriam capazes de constituir uma família e se dedicar a ela. Para esses homens, o lugar das mulheres era o lar, cuidando dos afazeres domésticos e educando os filhos.


Acesse para saber mais o download do trabalho do Professor Paulo Morais-
Alexandre, professor de História do Traje na Escola Superior de Teatro e 
Cinema:

Link 1 - Moda Francesa

Link 2 - Moda Francesa 


Link 3 - Moda Francesa

Pode-se também visitar ao seguinte site, com a história da vestimenta: 

Site em inglês:



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