07/11/2013

3ºAno - Ensino Médio: Material de trabalho - 4º.Bimestre.[2] Ditadura Civil Militar



Esta postagem se refere ao nosso exercício de reflexão sobre o processo de Ditadura Civil Militar no Brasil.Cada grupo escolheu a sua ferramenta de análise:

Filme: "Pra Frente Brasil".

Filme Documentário: "ABC da Greve".

Vocês devem analisar e responder as seguintes questões:

1 - Quem é o diretor do filme que você escolheu?
2 - Quais as principais personagens?
3 - Onde acontece?
4 - Em que ano acontece?
5 - Qual é contexto do filme, que momento da História Brasileira está sendo retratado ?
6 - Faça um breve resumo do que acontece no filme.
7 - O que mais te chamou atenção nesse filme ?
8 - Em sua opinião o filme trouxe informações relevantes para o seu estudo de História? Justifique a sua resposta.
9 - O filme escolhido por você, retrata alguma situação ainda presente no Brasil? Explique a sua resposta.
10 - Qual a sua opinião critica a respeito do filme ?


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Pra frente Brasil!



Sinopse:

Em 1970 o Brasil inteiro torce e vibra com a seleção de futebol no México, enquanto prisioneiros políticos são torturados nos porões da ditadura militar e inocentes são vítimas desta violência. Todos estes acontecimentos são vistos pela ótica de uma família quando um dos seus integrantes, um pacato trabalhador da classe média, é confundido com um ativista político e "desaparece".

Contexto:

O filme retrata o auge da repressão a opositores durante a ditadura militar brasileira, no governo de Emílio Garrastazu Médici. Indicadores econômicos favoráveis, durante o chamado "milagre econômico", divulgados por uma mídia completamente censurada, maquiavam o aumento da concentração de renda e da pobreza, instaurando no país um sentimento extremamente ufanista, que atingiu seu auge com a conquista do terceiro título da Copa do Mundo de Futebol pela Seleção Brasileira no México.O título do filme é uma referência à canção de mesmo nome, escolhida pelo regime para representar o país no Mundial de 1970.


download link:  Pra frente Brasil!

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ABC da Greve





Sinopse:

ABC da Greve é a uma produção em cima do material deixado por Leon Hirszman, o mesmo diretor do filme “Eles não usam black tie”, que mostra o movimento grevista de 1978 de 150 mil metalúrgicos do ABC em plena ditadura militar.
Parece aqueles filmes que mostram uma república das bananas totalitária na Africa, América Latina ou Ásia. Mas era o Brasil, gravado naquele momento.
Serve como modelo de estratégia, organização, determinação e coragem para qualquer sociedade explorada, que luta contra o poder e a mídia. É um manual de como se fazer greve.  

Contexto

A partir de 1978, quando o Brasil ainda vivia sob o regime militar, trabalhadores do maior parque industrial do país, localizado na região do ABC paulista (Santo André, São Bernardo e São Caetano) desencadearam uma série de greves que mobilizaram milhares de operários e conquistaram o apoio de partidos políticos, entidades da sociedade civil e naturalmente a simpatia da população.
Os trabalhadores do ABC paulista foram além das reivindicações por aumento salarial e melhores condições de trabalho e passaram a defender também a grande bandeira democrática das eleições das eleições diretas em todos os níveis, inclusive para presidente da República, o que justifica o apoio da população ao movimento.

Dos movimentos grevista que eclodiram em meados de 1978 e adentraram na década de 80 nasceram das instituições que deram maior força e caráter organizacional às grande mobilizações pelo país afora: CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o PT (Partido dos Trabalhadores), presididas, respectivamente, por Jair Menenguelle e Luís Inácio Lula da Silva (Lula).

Com essas duas frentes de combate, os trabalhadores, liderados pelos sindicalistas, estenderam o movimento nos anos 80 para todos os estados da Federação. Com papéis distintos e perseguindo os mesmos objetivos, as duas entidades atuavam em parceria. Enquanto a CUT planejava e organizava as greves por todo o país, naturalmente tendo o ABC paulista como seu epicentro, o PT marchava pelas ruas em defesa do regime democrático, ao lado dos partidos de esquerda da época, como o PMDB, o PDT e o PCdoB, a frente democrática que pregava eleições diretas.

É claro que esses movimentos ganharam a adesão da grande maioria da população e isso causou inquietação nos quartéis. O movimento era de abertura política e, então, plantava-se boa semente em terreno fértil. As grandes nações, como Estados Unidos e países europeus, já não apoiavam os regimes totalitários em crise de credibilidade na América Latina, patrocinadores de atrocidades, com prisões, torturas, atentados e assassinatos de líderes oposicionistas e a corrupção desenfreada, fatos que assustavam o mundo.

O movimento sindical dos anos 80 deu larga contribuição para a redemocratização do Brasil porque despertou as massas adormecidas pelo medo e pela repressão dos anos de chumbo que se sucederam ao golpe militar de 31 de março de 1964.

Com a credibilidade em baixa no cenário internacional e a recessão econômica prejudicando a economia, o governo militar amargava índices altíssimos de impopularidade em 1978, quando o MDB, partido de oposição ao regime, elegeu a maioria da Câmara dos Deputados. Foi aí que os generais criaram a figura do “senador biônico”, ou seja, instituíram a prorrogação de mandato dos senadores da Arena, partido da situação.

A reabertura democrática se deu em derramamento de sangue e sem tanques de guerra nas ruas. Uma breve cronologia dos fatos mais importantes, citamos a anistia dos presos e exilados políticos decretada em 1979 pelo presidente João Figueiredo. Ao retornarem do exílio em 1980, Miguel Arraes (Pernambuco), Leonel Brizola (Rio Grande do Sul/Rio de Janeiro) e outras lideranças políticas se engajaram no movimento democrático já existente no país, que culminou com a eleição de Tancredo Neves para presidente da República pelo Colégio Eleitoral em 1984, depois da derrota da emenda das “Diretas”, do deputado federal Dante de Oliveira.

Embora a eleição tenha sido indireta, Tancredo percorreu o país em campanha e obteve o apoio da grande maioria da população brasileira. Tancredo morreu sem tomar posse e o vice, José Sarney, egresso da ditadura, manteve seu compromisso e deu ao país a Constituição Democrática de 1988, que assegura dentre outras conquistas, eleições diretas para todos os níveis.

download link: ABC da greve

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